Parcerias com instituição de pesquisa, capacitação profissional e adequações às normativas sanitárias foram os principais temas debatidos durante a 3ª Reunião de Associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Norte (SINDLEITE-RN), realizada na tarde da sexta-feira (11), na Casa da Indústria. O encontro reuniu empresários do setor para discutir demandas atuais e estratégias para o fortalecimento da cadeia leiteira no estado.
Entre os destaques da reunião, esteve a apresentação do Laboratório de Qualidade do Leite (LABOLEITE), da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN), feita pelo professor Adriano Rangel. O laboratório atua na produção de conhecimento científico e tecnológico voltado à pecuária leiteira, com foco em inovação e sustentabilidade. “Nosso objetivo é apoiar a cadeia produtiva do leite com dados confiáveis, que contribuam para a melhoria dos processos e da qualidade do produto final”, afirmou Rangel.
A discussão também abordou as instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, que estabelecem os padrões para a produção e comercialização de leite cru refrigerado, pasteurizado e do tipo A. As normas reforçam a importância do controle sanitário e da rastreabilidade em todas as etapas da produção.
O presidente do SINDLEITE-RN, Túlio Veras, reforçou a importância da aproximação entre indústria e academia para o avanço do setor. “A universidade soma com a indústria, que busca se atualizar e atender às normativas. Quando temos controle, temos um produto seguro para o consumidor”, afirmou.
Representantes do SENAI-RN também participaram do encontro. A agente de mercado Ingryd Barbalho, junto aos docentes Daniel Oliveira (refrigeração) e Bruno Souza (elétrica), apresentaram propostas de cursos personalizados para o setor, como capacitações em boas práticas de manipulação e operação de equipamentos industriais. A possibilidade de levar treinamento às indústrias do interior do estado, por meio de laboratórios móveis, também foi discutida.
“Estamos buscando alternativas para alcançar as indústrias que estão mais distantes dos polos de Natal, Mossoró e Caicó. A ideia de um laboratório móvel é essencial para promover a capacitação contínua em todas as regiões produtoras do estado”, destacou Veras.
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