Número de manifestantes contra a anistia, na Paulista, foi de 6,6 mil, segundo USP

Uma manifestação convocada neste domingo (30) na Avenida Paulista, em São Paulo, contra a anistia aos participantes de atos e ações de vandalismo e pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, reuniu 6,6 mil pessoas. Os dados são do Monitor do Debate Político, que anteriormente estava ligado à Universidade de São Paulo (USP) e agora está sediado no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

A contagem do público foi realizada no momento de pico do evento, às 15h15, através da análise de fotos aéreas por um software de inteligência artificial.

De acordo com a metodologia utilizada, um drone captou imagens aéreas da multidão, e o software analisou automaticamente essas imagens para identificar e marcar as cabeças das pessoas. Utilizando inteligência artificial, o sistema localizou cada indivíduo e calculou quantos pontos correspondiam a pessoas na imagem. Os responsáveis pelo levantamento garantem que esse processo proporcionou uma contagem precisa, mesmo em áreas de alta concentração de pessoas.

A manifestação na Paulista foi uma resposta ao protesto liderado por Jair Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 16 de março, e também marcou o primeiro evento após o ex-presidente se tornar réu em investigações.

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a publicar um vídeo ironizando a Universidade de São Paulo (USP), que projetou que o ato dele na capital carioca reuniu 18,3 mil pessoas. Na publicação, Bolsonaro escreveu: “Segundo a USP e a rede globo manifestação do PT contra a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro tem 5 bilhões de pessoas!”.

Além de lideranças de movimentos sociais, também discursaram no ato da Paulista os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), assim como os deputados estaduais de São Paulo Antônio Donato (PT) e Ediane Maria (PSOL).

O evento foi promovido por diversas entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Além de São Paulo, outras sete capitais do País registraram manifestações da esquerda neste domingo: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Belém (PA), São Luís (MA), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

Na capital paulista, o protesto se concentrou inicialmente na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, na intersecção com a Avenida Bernardino de Campos e a Rua Treze de Maio. Os manifestantes seguiram em caminhada até a sede do antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), que foi o principal órgão de repressão política durante a ditadura militar no Brasil.

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