Lula recua e agora faz elogios a Donald Trump

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, surpreendeu ao mudar radicalmente seu discurso em relação ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Conhecido por suas críticas contundentes à direita global e às políticas do republicano, Lula agora elogia Trump e reconhece seu papel nos esforços para buscar a paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.

A declaração, feita neste sábado (29) durante o Fórum Brasil-Vietnã, em Hanói, pegou políticos, analistas e a imprensa de surpresa. Lula, que antes condenava Trump abertamente, agora admite que o ex-presidente americano pode estar “no caminho certo” ao buscar um diálogo entre as potências em conflito.

O que mudou na postura de Lula?

Durante anos, Lula adotou uma postura crítica em relação a Trump. Em diversas ocasiões, atacou as políticas do republicano, acusando-o de fomentar divisões e instabilidades globais. Mas, agora, o presidente brasileiro parece ter revisto sua posição. O que teria motivado essa reviravolta?

Nos bastidores da política internacional, especula-se que Lula percebeu o fracasso da abordagem adotada por Joe Biden na condução do conflito entre Rússia e Ucrânia. Enquanto o governo democrata nos EUA mantém uma postura belicista e continua a fornecer bilhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, Trump defende uma solução diplomática e já afirmou que, se eleito novamente, encerraria a guerra “em 24 horas”.

A fala de Lula e suas implicações

Em sua declaração, Lula enfatizou:
“À medida em que o Trump toma a decisão de discutir a paz entre Rússia e Ucrânia, que o Joe Biden deveria ter tomado, eu sou obrigado a dizer que, neste aspecto, Trump está no caminho certo. Nós fizemos uma crítica contundente à ocupação territorial da Ucrânia pela Rússia, e ao mesmo tempo nós nos colocamos à disposição para tentar o caminho da paz.”

Essas palavras mostram um recuo significativo na retórica do petista, que, até então, mantinha uma postura alinhada ao discurso progressista global. Sua nova abordagem pode ser interpretada como uma tentativa de reposicionar o Brasil como um ator diplomático relevante na busca por soluções para o conflito.

A reação da esquerda e da direita

A mudança de postura de Lula gerou reações divergentes dentro e fora do Brasil. No campo da esquerda, muitos aliados do presidente ficaram perplexos com o elogio a Trump. Líderes progressistas sempre enxergaram o republicano como uma ameaça à democracia e aos direitos humanos, e agora veem Lula validar uma de suas principais bandeiras.

Já entre os conservadores, a declaração foi recebida com ironia. Muitos questionam se Lula realmente acredita no que disse ou se a mudança de tom é apenas uma jogada estratégica. “Agora é tarde, Lula”, comentaram alguns analistas de direita, apontando que o petista passou anos demonizando Trump e sua base eleitoral.

O impacto na relação Brasil-EUA

Essa mudança pode trazer repercussões para a relação entre Brasil e Estados Unidos. Durante o governo Biden, Lula buscou estreitar laços com os democratas, mas agora parece perceber que Trump pode voltar à Casa Branca em 2025. Com essa possibilidade, é natural que tente manter uma relação mais equilibrada com ambos os lados da política americana.

Além disso, a posição pró-diálogo de Lula pode ser vista como um afastamento da influência de Biden sobre a política externa brasileira. Se Trump de fato vencer as eleições, Lula pode querer garantir que não será hostilizado pelo novo governo americano.

O que esperar daqui para frente?

O elogio de Lula a Trump marca um ponto de inflexão em sua trajetória política. Para um líder que sempre se colocou como oposição às políticas conservadoras, essa mudança de discurso pode ter desdobramentos internos e internacionais.

A grande questão agora é: essa nova postura de Lula se manterá ou foi apenas um comentário isolado? A política é dinâmica, e mudanças de opinião não são incomuns. Mas uma coisa é certa: essa reviravolta coloca Lula em uma posição delicada, especialmente entre seus próprios apoiadores.

Enquanto isso, o mundo observa com atenção os próximos movimentos do presidente brasileiro e as consequências de sua inesperada mudança de tom em relação a Donald Trump.

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