SENAI-RN dá largada à seletiva da Worldskills, maior competição de educação profissional do mundo

O SENAI do Rio Grande do Norte deu largada à seletiva estadual da Worldskills – maior competição de educação profissional do mundo.

A programação começou nesta quarta-feira (19) e segue até sexta (21), no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) da instituição em Natal. O evento deverá oficializar os nomes que irão representar o estado na etapa nacional da Wordskills – onde a classificação é passaporte para a disputa mundial.

A seletiva estadual é um simulado de provas práticas reais que os/as participantes irão enfrentar em âmbito nacional. No Rio Grande do Norte, três modalidades estão na seletiva: Tecnologia de Energia Verde, Sistemas de Refrigeração e Tecnologia da Moda.

“As três ocupações que avançaram para esta fase fazem parte do HIT – Hub de Inovação e Tecnologia. Os melhores classificados nesta etapa avançam para a seletiva nacional da WorldSkills Brasil, onde disputarão vagas para representar o Brasil na WorldSkills Internacional”, diz a coordenadora de educação do SENAI em Natal, Marcela Duarte.

Dois competidores participam em cada modalidade e terão um total de 12 horas para realizar as atividades previstas. Os critérios de avaliação consideram precisão, tempo de execução, qualidade do trabalho e conformidade com normas técnicas.

 

 

 

Energia

 

Para Tecnologia de Energia Verde, a prova nacional será em agosto, em local a ser definido.

 

Paulo Sérgio Teixeira, 19, aluno do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN, no curso Técnico em Eletrotécnica, enche os olhos de brilho para dizer que viu, na oportunidade de competir, uma futura porta para o trabalho, além de caminho para conseguir mais conhecimento.

 

“Eu fui aprendendo, aprendendo, aprendendo, e agora estou ansioso para fazer a prova com qualidade e em busca do tempo”, frisa o estudante.

 

Eduardo Urubatan, 16, aluno do mesmo curso, também participa e se diz ansioso com os desafios pela frente. “Eu sempre fui de gostar de aventuras, de conhecer coisas novas. Estou sempre pesquisando e fiquei esperando esse dia”, comenta.

 

A modalidade é dividida em três módulos. No primeiro, os alunos terão de trabalhar a parte elétrica – o box do sistema de energia.

 

A segunda tarefa será a montagem da estrutura de um sistema de geração de energia solar.

 

Por fim, eles precisarão demonstrar a capacidade de elaborar projetos na área de energias renováveis.

 

“Os competidores fazem a parte elétrica, montam a estrutura e um projeto de sistema solar ou eólico. O primeiro ponto avaliado é o tempo. É preciso terminar a prova dentro do tempo e dentro desse tempo tem a qualidade de cada item que foi instalado. Se está dentro da medida, se está dentro dos parâmetros, de normas, se a segurança foi seguida do início ao fim, se ele deixou o local limpo do início ao fim. Isso também é avaliado durante a prova”, explica Jeane Ribeiro, instrutora do SENAI-RN nas áreas de eletrotécnica, automação e energias renováveis, que atua como treinadora e avaliadora da modalidade na WorldSkills.

 

Assim como Teixeira, um dos alunos que treina, ela enxerga na competição um impulso para a trajetória de quem participa.

 

“Os competidores veem como oportunidade, porque estão sendo todo dia moldados para um nível de qualidade e de eficiência cada vez maior. Um competidor da WorldSkills consegue entregar velocidade e qualidade ao mesmo tempo. E as empresas procuram isso”, ressalta.

 

“Hoje, quando a gente olha para trás e verifica onde estão os nossos ex-competidores, a gente vê que eles trabalham em empresas de referência. A forma de executar, de montar um quadro, de fazer um corte, é diferente, com o aperfeiçoamento que existe. A prática, a repetição é muito grande em busca da perfeição”, diz Ribeiro.

 

Refrigeração

 

João Guilherme Lopes Faria, 17, participa pela primeira vez da etapa estadual, na modalidade Sistemas de Refrigeração. “Vou colocar em prática tudo o que venho treinando desde o ano passado, de segunda a sexta, entre 4 e 8 horas por dia”, diz ele.

 

“O grande desafio imagino que será a pressão de ter gente supervisionando, avaliando. Um teste num ambiente com várias pessoas, para mim, que costumo ficar só no laboratório”.

 

Marcos Vinícius Cabral, 20, também está estreando na seletiva e vê tanto o ‘relógio’ quanto a qualidade da entrega como desafios.

 

“É muita coisa para pouco tempo e tem que ser tudo perfeito, atendendo a todos os critérios da indústria”, descreve ele.

 

Na área da competição, entram em campo a teoria e, nas palavras dele, também “a mão na massa”.

 

O instrutor da área de refrigeração, Leonardo Sabino, explica que, na seletiva estadual, os estudantes terão que executar três projetos.

 

Os dois primeiros serão a montagem de uma câmara frigorífica e do quadro elétrico da máquina – de onde partem os comandos que ela vai executar, e que envolvem, por exemplo, ligar, desligar e ajustar a temperatura.

 

Por último, eles receberão um ar condicionado em que terão de detectar defeitos elétricos e de origem mecânica.

 

Aspectos emocionais e técnicos serão avaliados.

 

A tranquilidade demonstrada durante as provas, o uso correto de ferramentas e não utilizar materiais em excesso, por exemplo, contam a favor na competição. “Os competidores serão avaliados de acordo com o projeto que irão receber. Eles precisam terminar dentro do tempo, com qualidade, dentro do padrão”, observa Sabino.

 

O primeiro dia de programação da seletiva, nesta quarta-feira (19), foi a ambientação dos participantes. Nessa etapa, os alunos conhecem o posto de trabalho em que irão competir, organizam as ferramentas e traçam o planejamento para a prova, que será distribuída entre a quinta e a sexta-feira (21).

Moda

 

 

Laura Soares Freire, 19, do curso Técnico em Design de Moda, se disse animada com a seletiva para Tecnologia da Moda. Cecília Viana, 20, já formada pelo SENAI e também competidora, faz coro e se diz confiante com a preparação. “Sei do nível dos competidores e estamos trabalhando para chegar ao pódio”, frisa ela.

 

A etapa nacional será realizada em setembro, em Brasília. A modalidade tem a prova dividida em quatro módulos. O principal deles, chamado “construção”, será executado pelas participantes durante a seletiva estadual.

 

“As competidoras receberão tecidos, rendas…e a prova será fazer do zero uma saia e um top. Elas deverão criar o molde no manequim, cortar as roupas e costurar. Detalhes como o tipo de bolso e o posicionamento do zíper são definidos por sorteio”, explica o instrutor do SENAI Moda e treinador avaliador da competição na área, Ewerton Guimarães.

 

A criação do design das peças, a gestão do tempo e o acabamento estão entre os itens avaliados. Serão 12 horas para cumprir a missão.

 

A seletiva da WorldSkills é organizada pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), como parte do processo seletivo nacional da WorldSkills Brasil.

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