Gleisi se solidariza com Marina Silva após crítica de senador

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, depois de o senador Plínio Valério (PSDB-AM) dizer ter vontade de “enforcá-la”.

Em publicação no X nesta 5ª feira (20.mar.2025), Gleisi afirmou que a colega da Esplanada sofreu “violência política“. Não é a primeira vez que mulheres são atacadas quando ocupam espaços políticos relevantes, e isso é ainda mais grave quando os ataques partem de pessoas com responsabilidade institucional”.

A ex-presidente do PT sugeriu uma punição legal ao congressista e a quem pratica gestos similares para “estancar as manifestações de ódio e violência política que atingem as mulheres e a própria democracia.”

ENTENDA

Em evento da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), no Amazonas, na 6ª feira (14.mar.2025), Valério disse que a ministra “esteve na CPI das ONGs por 6 horas e 10 minutos. Imagine o que é tolerar Marina Silva 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la”.

 A fala foi repreendida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na 4ª feira (19.mar). Em discurso em plenário, ele classificou a fala do congressista como “infeliz” e disse que ele não poderia ter se manifestado daquela forma.

Segundo o presidente da Casa Alta, o Brasil vive um momento de “polarização” e a fala é um “combustível”. Alcolumbre disse ter sido cobrado a se manifestar e pediu que o tucano também se manifestasse sobre o assunto.

Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra”, do CanalGov, na 4ª feira (19.mar), Marina Silva afirmou que a declaração de Plínio Valério foi uma incitação à violência contra a mulher.

“Isso é dito porque sou uma mulher, uma mulher preta, de origem humilde, que defende uma agenda que muitas vezes confronta interesses de alguns”, declarou.

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