Policial federal aposentado é chefe de esquema de tráfico internacional de armas


A Operação Cash Courier busca desmantelar um esquema que, com a ajuda de Frederick Barbieri, enviou 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro. O chefe de Barbieri é Josias João do Nascimento. Operação da PF mira esquema que enviou 2 mil fuzis de Miami ao Rio
O chefe do maior esquema de tráfico internacional de armas no país é o policial federal aposentado Josias João do Nascimento, alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (20).
Um dos mandados foi cumprido no condomínio de de luxo Alphaville, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde Josias mora.
De acordo com as investigações, o esquema enviou 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro — destinado às favelas do Comando Vermelho (CV).
Josias é chefe de Frederick Barbieri, apelidado de ‘Senhor das Armas’ e condenado por tráfico internacional de armas pela Justiça dos Estados Unidos.
A Operação Cash Courier, deflagrada nesta quinta, cumpre 14 mandados de busca e apreensão.
O g1 tenta contato com a defesa de Josias.
Tiros contra a PF
Em um dos endereços, o alvo atirou contra os policiais. Ninguém se feriu, e o homem acabou preso em flagrante por tentativa de homicídio.
Além das buscas, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e ativos no valor de R$ 50 milhões.
A investigação começou com a apreensão, em 2017, de 60 fuzis no Aeroporto do Galeão. Eram AK-47 e AR-10, que só poderiam ser usados por tropas de elite. Na ocasião, o envio foi atribuído ao brasileiro Frederick Barbieri, o Senhor das Armas, condenado pela Justiça americana por tráfico internacional de armas.
A PF informou agora que Barbieri usou pessoas físicas e jurídicas para aquisição de imóveis e bens a fim de lavar o dinheiro da venda do arsenal. Essa rede é alvo das buscas desta quinta.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de capital, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva.
A operação desta quinta tem o apoio do Ministério Público Federal (MPF), do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra/Polícia Civil do RJ) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Cerca de 60 fuzis de guerra foram apreendidos no Galeão em 2017
Divulgação
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