O poder a serviço de 2026; Reeleição na UVESC; Cassação negada – E outros destaques

Faça parte do grupo do SCemPauta no WhatsApp. Não será aberto aos debates; será apenas para o envio das informações que divulgamos. Clique no link para acessar! Qualquer problema, favor entrar em contato via WhatsApp: 49985048148

Clique para acessar o Grupo
Jorginho comemora a eleição de Topázio Neto – Imagem: Divulgação

Há alguns meses, escutei pela primeira vez de lideranças políticas relatos em off sobre a ânsia do governador Jorginho Mello (PL) pela reeleição. “Quando o prefeito entra no gabinete para conversar com ele (governador), uma ficha de filiação já é colocada em cima da mesa para pressionar o prefeito que foi apresentar alguma demanda de seu município”, relatou um deputado emedebista em tom de brincadeira, mas deixando claro se tratar de uma prática que, depois, foi corroborada por relatos parecidos feitos por fontes de outros partidos.

Hoje, quando se diz, com razão, que o processo eleitoral de 2026 foi antecipado, sempre lembro dessas falas, que revelam que a próxima eleição começou em 1º de janeiro de 2023, quando Jorginho deu início ao seu governo.

Casos emblemáticos de apoio mostram o quanto o poder está sendo usado para a construção de um projeto de reeleição. O primeiro alvo foi o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). Baixo clero em seu partido, mas com o ego inflado pelo sucesso nas redes sociais, Topázio serviu como uma presa fácil para o projeto do governador de ter a prefeitura da Capital ao seu lado.

Ainda no ano passado, sem dinheiro para fazer obras e com um possível atraso de salários de servidores mais à frente, Topázio aceitou aderir ao projeto de Jorginho em troca de apoio à sua reeleição. Sem contar outro fator: o temor das operações policiais que, em determinada época, se tornaram constantes na prefeitura, o que fez o prefeito temer possíveis desgastes ao seu projeto.

Hoje, Jorginho se tornou o guia e determinará, a seu tempo, o futuro partidário e político do prefeito, que ainda não conseguiu sequer montar um grupo político. O fato é que Topázio não pertence mais ao PSD. Há tempos, o partido não conta mais com ele. É como se mantivessem sua filiação por cortesia, aguardando que, por iniciativa própria, ele entenda que o casamento findou há muito tempo.

Seu futuro poderá estar no Republicanos, partido que se tornou um apêndice do PL no estado. Ou, até mesmo, há quem diga que Jorginho poderá oferecer o passe de Topázio ao MDB, para ser um possível vice em 2026.

Já o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), é outro exemplo do que está ocorrendo em Santa Catarina. Filiado a um partido cujos líderes são críticos ferrenhos de Jorginho, o prefeito, em troca de recursos para seu município, aparece ao lado do governador, tira fotos e faz discursos com mensagens subliminares, mas, estranhamente, não tem coragem para esclarecer seus gestos.

A impressão que dá é que, em troca do que deveria ser republicano – ou seja, a liberação de ações do Estado em prol de um município, sem qualquer exigência de contrapartida política –, Adriano dá um apoio envergonhado. É como se não quisesse admitir que não teve força para colocar as coisas em seu devido lugar, que aceita os recursos, mas que manterá intacta sua personalidade e o direito de escolher seu próprio caminho, pois, afinal, o governo não faz mais do que sua obrigação. Ao contrário disso, se mostra sem a personalidade que uma liderança que anseia voos maiores precisa ter e se entrega.

Por mais que esteja obtendo sucesso em algumas de suas investidas, Jorginho também erra. Principalmente quando acredita que ter o MDB e o Progressistas na sua base é garantia de que estarão juntos em 2026. Não que isso não possa ocorrer – até porque, hoje, é bem provável que os emedebistas estejam com ele –, mas sempre há um porém.

Em entrevista ao colega jornalista Adelor Lessa, da Rádio Som Maior de Criciúma, uma das maiores lideranças do MDB, o deputado estadual Mauro De Nadal, não deu garantia de que estarão juntos na eleição. “Hoje temos esse quadro sendo desenhado em Santa Catarina. Mas é um quadro que pode ter alterações, não tenho dúvida. Ainda vai passar por muitas conversas até o momento de definições das candidaturas. O posicionamento do MDB vai depender de gestos”, afirmou.

Também nesta semana, lideranças, incluindo alguns deputados do Progressistas, deixaram claro à coluna que não são muito favoráveis a uma aliança com Jorginho, principalmente se o MDB estiver no projeto do governador.

Apesar do erro em acreditar que tudo está consolidado, Jorginho Mello, mesmo sem querer, acerta ao fazer parecer que o jogo está dominado, que, por ter a máquina na mão, terá os partidos que quiser com ele. É o fator psicológico que, por um tempo, pode dar certo. Porém, a questão é: e quando a realidade começar a vir à tona?

Preocupação

Jorginho ao lado de seu futuro adversário João Rodrigues – Imagem: Divulgação

Todas essas movimentações mostram uma coisa: o governador Jorginho Mello (PL) está preocupado com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Político experiente, o governador já acompanha os números de pesquisas internas e sabe como está o cenário. Tanto é que, se não houvesse qualquer preocupação, não estaria ele mesmo e alguns secretários ligando para deputados e prefeitos para que não compareçam ao lançamento da pré-candidatura de Rodrigues ao Governo do Estado, que acontecerá neste sábado (22), em Chapecó. Para aumentar ainda a pressão, Jorginho antecipou para hoje a edição do Santa Catarina Levada a Sério no Oeste, para, quando estiver na frente dos prefeitos da região, tentar pressioná-los a não irem ao evento, usando o poder da caneta para liberar recursos – ou não. Isso não seria um claro uso da máquina?

Republicano

Se Jorginho Mello (PL) tivesse seguido o trato republicano de seus antecessores no Governo do Estado, poderia estar numa situação diferente da que se encontra hoje. É preciso reconhecer que Jorginho é um político vencedor, mas que não aprendeu a construir. Todos os governadores fizeram política, articularam, mas vale lembrar que os mais experientes – tirando Carlos Moisés da Silva – conseguiram construir, ao natural, alianças sólidas. Quem não se lembra das polialianças de Luiz Henrique da Silveira, que depois também elegeu duas vezes, em primeiro turno, Raimundo Colombo (PSD)? Por mais que houvesse debates acalorados e discordâncias, não havia o peso do Estado como ocorre hoje. Jorginho também precisa se livrar dos ufanistas, pois eles o atrapalham ao fazer com que enxergue seu governo como imbatível – o que, na realidade, não é.

Eleição da Uvesc

Marcilei terá mais um mandato no comando da Uvesc – Imagem: Divulgação

A vereadora de Chapecó, Marcilei Vignatti (UB), foi reeleita para a presidência da União dos Vereadores de Santa Catarina (Uvesc). Ela derrotou o vereador de São José, Cryslan de Moraes (Novo), por 184 votos contra 160. A vitória de Marcilei consolida o trabalho que ela tem realizado no comando da entidade, ao mesmo tempo em que se cria uma nova força para uma futura eleição. A votação expressiva do vereador do Novo o coloca como um futuro candidato a comandar a entidade.

Derrota do governo

O governo Jorginho Mello (PL) quer interferir em qualquer eleição que ocorra pelo estado. Na Uvesc, não foi diferente. A pedido de Jorginho, interlocutores entraram com tudo a favor da eleição do vereador de São José, Cryslan Moraes (Novo). Jorginho quis sinalizar para o Novo, além de ter um aliado no comando da entidade, pois, se tivesse conseguido eleger o vereador do Novo, lá na frente cobraria a fatura. Por isso, é possível dizer que o governo saiu derrotado da disputa. Por outro lado, Marcilei Vignatti teve o apoio do presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini (MDB); do vice-prefeito de São José, Michel Schlemper (MDB); do deputado federal Fábio Schiochet (UB); além de lideranças da Alesc, do Progressistas e do PSD, incluindo o presidente pessedista, Eron Giordani.

Anel Viário

A Prefeitura de São José está promovendo mudanças na mobilidade urbana do município por meio da construção do anel viário interno. Segundo o prefeito Orvino de Ávila (PSD), a obra visa desafogar o trânsito na BR-101 e melhorar o fluxo viário nas áreas mais congestionadas da cidade. “O avanço na mobilidade urbana é uma das conquistas celebradas no aniversário de 275 anos de São José”, afirmou. O anel viário interno, iniciado em 2021, é composto por sete obras distintas, que somam cerca de seis quilômetros de novas avenidas. O projeto recebe investimentos estimados em R$ 200 milhões, provenientes de recursos próprios e de convênios com o Governo do Estado, dos quais R$ 90 milhões já foram aplicados.

Sem justificativa

O Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei em que pede autorização para contratar uma operação de crédito com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com garantia da União. O empréstimo, no valor de US$ 119,2 milhões, será destinado ao Programa para Aumento da Resiliência Climática e Redução de Risco de Desastres no estado. Uma fonte me disse que o projeto chega ao parlamento incompleto, sem nenhuma obra vinculada, a exemplo da construção de barragem. “Dependendo da obra, nem precisa buscar um financiamento desse valor. Com o caixa do governo já será possível fazer”, relatou a fonte.

Cassação negada

O prefeito de Indaial, Silvio da Silva (PL), e seu vice, Jonas de Lima (PSD), permanecerão no cargo após a decisão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral, que negou a cassação da dupla. Eles chegaram a ser cassados em primeira instância, mas a decisão foi revertida. A ação foi realizada com base na acusação do Ministério Público Eleitoral de que cometeram abuso de poder político na eleição. O ex-prefeito André Moser (PL) também era parte no processo e foi absolvido.

Universidade

A Secretaria de Estado da Educação publicou o edital do Programa Universidade Gratuita para o primeiro semestre. Os estudantes terão até as 19h da próxima terça-feira (25) para realizar os procedimentos de renovação no sistema e entregar os documentos comprobatórios solicitados pela Instituição de Ensino Superior (IES) na qual estão matriculados. Haverá um novo período para recadastramento, indicado para realizar correções ou finalizações, do dia 2 ao dia 4 de abril. As inscrições para novos candidatos que desejam aderir ao programa estarão disponíveis entre os dias 27 deste mês e 23 de abril. Para participar, o estudante deve estar regularmente matriculado em curso de graduação presencial nas instituições universitárias cadastradas.

Bancadas

Garcia quer dar destaque para as bancadas – Imagem: Bruno Collaço

O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), participou de uma reunião da Bancada do Vale do Itajaí para apresentar o planejamento da Casa com relação aos colegiados regionais. Ele disse que o estabelecimento das bancadas foi uma experiência exitosa e que deve ser continuada e fortalecida durante seu mandato. Neste sentido, Garcia também anunciou que a agenda de trabalhos da Casa até 2026 será alinhada ao conjunto de demandas elencadas como prioritárias pelas bancadas, sendo uma ação por região.

Mais voo

Governador e equipe em discussão com a Latam – Imagem: Leo Munhoz

A Latam vai ampliar em 71% o seu número de voos em Jaguaruna ao longo deste ano e a partir de junho. O investimento foi anunciado oficialmente ontem, em reunião do governador, Jorginho Mello (PL), e do secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, com o Head de Assuntos Públicos da Latam Brasil, Eduardo Macedo. O anúncio é resultado dos esforços do Estado e da companhia para a redução do ICMS sobre o combustível de aviação. Atualmente, a Latam liga a cidade catarinense a São Paulo.

Transferências

Comissão aprovou a mudança de critério no regime simplificado – Imagem: Alesc

A Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei do Governo do Estado que altera o critério de aplicação do regime simplificado de celebração de convênios para as transferências especiais voluntárias do Estado aos municípios. O foco da proposição é que o limite de R$ 5 milhões estabelecido na legislação que trata das transferências considere somente o valor repassado pelo Estado e não a contrapartida financeira dos municípios. A matéria foi aprovada por unanimidade, seguindo o voto apresentado pelo relator, deputado Marcos Vieira (PSDB), pela adequação financeira e orçamentária da matéria. Com a decisão, o projeto segue para a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.