Apesar das rivais, Mafê Costa aposta em metas ousadas em 2025

Maria Fernanda Costa carrega nas costas do peso de ser a principal esperança de bons resultados do Brasil na natação feminina no ciclo para Los Angeles-2028. No fim do ano passado, entretanto, ela foi pega de surpresa com a notícia de que o técnico Fernando Possenti não ia mais treiná-la para assumir a seleção australiana. Ela admite que sente falta do treinador, responsável por fazê-la evoluir mais de 15 segundos nos 400 m nado livre em pouco menos de dois anos, mas garante que está confiante no trabalho feito por Brunna Fonseca, sua nova técnica, e sem medo das rivais Ariarne Titmus, da Austrália, Summer McIntosh, do Canadá, e Katie Ledecky, dos Estados Unidos.

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“É incrível, né? Ter Katie Ledecki, Ariarne Titmus e Summer McIntosh numa mesma prova. Elas nadam coisas completamente diferentes, mas se encontram justamente na minha prova, na que eu mais gosto de nadar. É incrível porque estar entre elas é algo grandioso, já é algo que me deixa muito feliz e poder ver elas como referência, ver elas como competidoras, não só como ídolos, é algo assustador e incrível ao mesmo tempo”, afirma a brasileira de 22 anos, que ficou em sétimo lugar na final dos 400 m nado livre em Paris-2024, primeira edição de Jogos Olímpicos da nadadora.

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Humanização das rivais

Titmus sagrou-se bicampeã olímpica, seguida no pódio por McIntosh e Ledecky, enquanto Mafê terminou na sétima posição. A brasileira conta que ter participado dos Jogos Olímpicos serviu para ela enxergar as coisas de um jeito diferente e até humanizar as adversárias. “Eu acho que com o tempo, a quantidade de vezes que você cai na água com elas, a quantidade de vezes que você percebe e estuda, você que ela são que nem a gente. Eu acho que a Olimpíada foi bom para eu enxergar isso. Ver atletas que eu me espelho, que eu vejo como referência, tremendo de nervoso, ansioso como se fosse a primeira Olimpíada, como se fosse algo anormal”, conta.

Para chegar próxima a estas estrelas da natação mundial, Maria Fernanda Costa teve uma evolução absurda. Até o fim de 2022, ela nunca tinha nadado os 400 m nado livre abaixo de 4min17s. Foi a partir do momento em que passou a ser treinada por Fernando Possenti, no início de 2023, que tudo mudou. Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, ela completou a final em 4min03s53, enquanto Titmus foi a campeã com 3min57s49, McIntosh conquistou a prata com 3min58s37 e Ledecky ficou com o bronze com 4min00s86.

Quanto Maria Fernanda Costa precisa evoluir?

A melhor marca da vida de Maria Fernanda Costa é 4min02s86. Ou seja, ela precisa melhorar cerca de três segundos para brigar por medalha e mais de cinco para sonhar com o ouro. “Eu tenho objetivos muito claros na minha mente, objetivos que eu quero realizar. Eu vejo e enxergo realizá-los com muita clareza. Espero representar o Brasil da melhor forma, espero uma medalha, espero mais uma final olímpica. Eu tenho três, quatro anos. Eu vou buscar a evolução constante para sempre estar entre as melhores do mundo e chegar em Los Angeles da melhor forma possível. Agora, tudo é detalhe. Depois que você chega a um certo nível, tudo o que você tem que fazer tem que ser pensado. Então, tudo é treinado”, revela.

Mudança de treinador

E não é fácil pensar e planejar tudo isso sem ter por perto o técnico Fernando Possenti. O treinador, que foi campeão olímpico com Ana Marcela Cunha em Tóquio-2020, aceitou o convite da Austrália dias depois de ter mostrado a Maria Fernanda Cunha todo o planejamento até Los Angeles-2028. 

“Não é fácil! Não vou falar que está sendo fácil. É difícil, a saudade aperta, mas continua sendo meu mentor, meu amigo. Tudo o que eu preciso, ele está sempre a postos para me atender e me perturba à beça. Mas estou em boas mãos aqui no Brasil. Eu estou com a Brunna (Fonseca), que trabalhou com o Fernando desde que eu entrei na equipe. Ela me conhece e estou muito feliz com o trabalho que ela tem feito, com todo o planejamento que tem montado, como tem liderado a equipe. Então, eu tenho total confiança nela e espero mostrar isso na minha natação nas minhas próximas competições”, promete.

Foco no Mundial

E como aprendeu com Fernando Possenti, “pra que sonhar pequeno, se eu posso sonhar grande”, Maria Fernanda Costa tem planos ambiciosos. Ela não revela qual tempo gostaria de fazer em 2025, ano em que terá como principal competição o Mundial de Esportes Aquáticos, mas garante que os objetivos são ousados. “Os ousados são os melhores. Eu acho que se a gente pôr limite nos nossos desafios e nos nossos sonhos, nossos objetivos se tornam pequenos. Eu tenho objetivos muito, muito ousados e tenho decisões a serem tomadas incríveis também”, garantiu.

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