Voto feminino no Brasil completa 93 anos nesta segunda-feira; conheça a participação das mulheres na Política Catarinense

O ano de 2024 foi marcado pelas eleições municipais, momento em que a comunidade voltou às urnas para escolher prefeitos (as) e vereadores (as). Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de 456.310 candidaturas registradas no Brasil, 155 mil foram de mulheres.

O número de eleitas também cresceu em 2024. Dos 5.454 vencedores da eleição, apenas 15,4% são do sexo feminino. Em 2020, foram 12%. Nas capitais, sete foram para o segundo turno, uma a mais do que há quatro anos.

Nesta segunda-feira, dia 24 de fevereiro, o voto feminino no Brasil completa 93 anos. O direito de votarem e serem votadas foi garantido nesta data em 1932, na época do então presidente Getúlio Vargas. Por isso, o dia celebra e marca a ‘Conquista do Voto Feminino no Brasil’. 

Em Blumenau, a Câmara de Vereadores tem duas cadeiras ocupadas por mulheres. Silmara Miguel (PSD) e Cristiane Loureiro (Podemos), disputaram a reeleição e conquistaram o segundo mandato.

Foto: Arquivo/Câmara de Vereadores de Blumenau

Para Loureiro, a conquista do voto foi a primeira grande vitória das mulheres. “É por meio da minha representação política que estou sendo protagonista da história e do desenvolvimento da nossa cidade. É maravilhoso ouvir das mulheres que elas se sentem representadas pelo meu trabalho”, comemora.

Para Silmara, a participação da mulher é fundamental para a efetividade da democracia. “Nós representamos mais de 50% da população brasileira e essa parte precisa ser representada na política. A mulher traz um olhar mais sensível, mais humano para o parlamento e precisamos incentivar essa participação”, explica.

Cotas de gênero

A lei 12.034, de 29 de setembro de 2009, que trata sobre a minirreforma eleitoral diz que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.

Nas eleições municipais de Blumenau, por exemplo, a lei foi cumprida, mas os 30% foram ocupados pelas mulheres, mais uma vez. Ao todo, foram 185 candidatos, sendo 65 mulheres, ou seja, apenas 39,39% do total.

Em 2023, o atual vereador Egídio Beckhauser (Republicanos), perdeu o mandato na época, após o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) entender que o partido dele havia lançado candidaturas femininas fictícias nas Eleições de 2020.

“O partido não cumpriu com o papel que lhe foi confiado pela sociedade, tendo recrutado candidatas às vésperas do pleito, apenas para preencher a cota e, assim, viabilizar um número maior de candidaturas masculinas”, constatou o relator do processo, juiz Zany Estael Leite Junior. O juiz completa, ainda, que “a Justiça Eleitoral não pode fechar os olhos para a violação de tal norma”.

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Ainda em Blumenau, nas eleições de 2024, o município contou com duas chapas lideradas por mulheres. Ana Paula Lima (PT) e Rosane Martins (PSOL) disputaram a prefeitura. A tucana, Maria Regina de Souza Soar (PSDB) disputou pela segunda vez à vice-prefeita; uma vez com Mário Hildebrandt (PL), em 2020, e outra, em 2024, com Egídio Ferrari (PL), sendo eleita a primeira mulher para o cargo.

Mulheres no Estado

A primeira vez que Santa Catarina teve uma vice-governadora foi em 2018, quando elegeu Carlos Moisés a governador e Daniela Reinehr como vice. Daniela, que hoje é deputada federal, também foi a primeira mulher a assumir o governo do estado de Santa Catarina, quando Moisés foi afastado por conta do caso dos respiradores.

Marilisa Boehm (PL), atual vice-governadora ao lado de Jorginho Mello (PL), já assumiu quatro vezes a chefia do Estado. Entre as ações no exercício do governo, Marilisa deu início ao Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres.

“Nestes pouco mais de dois anos de mandato tive a oportunidade de trabalhar como governadora em exercício em quatro oportunidades, sempre em parceria com o nosso governador Jorginho Mello. Anunciei R$ 5 milhões em editais de pesquisa, tecnologia e inovação liderados por mulheres, decretei situação de emergência por causa da dengue, inaugurei uma obra da APAE na capital, entreguei uma draga que está garantindo a segurança dos pescadores e a tranquilidade de cerca de 500 famílias que dependem da pesca em Balneário Barra do Sul e recebi o embaixador do Chipre, entre outras ações”, explicou.

A vice-governadora também ressaltou à reportagem outros trabalhos e tomadas de decisão junto ao Governo do Estado. “Nos demais dias, atendo a população, lideranças de todos os municípios catarinenses em meu gabinete e representantes de outras nações que desejam investir em Santa Catarina. Permaneço firme e dedicada para cumprir a missão deste governo que é cuidar das pessoas. Trabalho com a mesma dedicação e seriedade que mantive durante os quase 30 anos em que fui delegada da Polícia Civil, em Joinville”, explicou a vice-governadora.

Foto: Richard Casas

Legislativo do Estado

Dos 40 deputados estaduais, apenas três são mulheres: Ana Caroline Campagnolo (PL), Paulinha (Podemos) e Luciane Carminatti (PT). O ano de 2018 foi o auge da participação feminina na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc); foram cinco mulheres eleitas na época.

A galeria Lilás da Alesc traz as fotos e uma homenagem para as mulheres que participaram da história da política estadual. Lá estão as eleitas e também as suplentes que assumiram por um tempo. Veja quem são:

Antonieta De Barros, Ada De Luca, Alba Schlichting, Ana Caroline Campagnolo, Ana Paula Silva (Paulinha), Ana Paula Lima, Angela Albino, Anna Carrolina Cristofolini Martins, Dirce Heiderscheidt, Ideli Salvatti, Ingeborg Colin, Luciane Carminatti, Luci Choinacki, Marlene Gengler, Odete De Jesus, Simone Schramm e Thatianne Ferro Teixeira.

Foto: Arquivo/Alesc

A primeira das primeiras

Antonieta de Barros foi a primeira das primeiras! Ela foi a primeira mulher eleita no Parlamento Catarinense e também a primeira mulher negra eleita deputada no Brasil. Professora e jornalista, Barros criou o Dia do Professor, com feriado escolar em 15 de outubro, em Santa Catarina. O estado catarinense foi um dos primeiros no país a reservar a data para os professores.

Foto: Divulgação

Mulheres no Médio Vale

A Câmara de Vereadores de Gaspar é a que mais tem representantes mulheres na região. Ao todo, o Poder Legislativo conta com quatro, são elas: Alyne Karla Serafim Nicoletti (PL), Elisete Amorim Antunes (PL), Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos (PP) e Sandra Mara Hostins (PL).

Em Indaial, o Legislativo conta com três: Caroline Laís Bertoldi (PP), Elaine Pickler (PSDB) e Fernanda dos Santos Moser (PL). Pomerode conta apenas com uma mulher, Isadora Zinnke (NOVO). Já Timbó, tem a Thelma de Souza Lenzi (NOVO) e Andrea Taise Franz (PP).

Congresso Nacional

No Congresso Nacional, a participação política são das deputadas Ana Paula Lima (PT), Geovania de Sá (PSDB), Carol de Toni (PL), Júlia Zanatta (PL) e Daniela Reinehr (PL). Lembrando que a representação de Santa Catarina na Câmara dos Deputados é com 16 parlamentares.

No Senado, com três representantes catarinenses, a vaga é de Ivete da Silveira (MDB), viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) e primeira suplente de Jorginho Mello, que ficou com a vaga após Mello concorrer e vencer o Governo do Estado.

Foto: Arquivo/Senado Federal

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