Goalball tem novas regras para o ciclo de Los Angeles 2028

A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) anunciou novas regras para as partidas de goalball, que serão adotadas no ciclo dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. As principais mudanças incluem ajustes no tempo de jogo, novas diretrizes para condutas antidesportivas, uso de óculos de proteção, alterações nos uniformes e no VAR.

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Principais mudanças:

• Tempo: o intervalo de jogo, que era de três minutos, passa para cinco minutos. Na prorrogação, substituirão os dois tempos de três minutos por um único período de seis minutos, sem intervalo.
• Uniformes: O tamanho dos logotipos de patrocinadores padronizará nas camisas, que também poderão ser numeradas de 1 a 19. Camisas fora de padrão não resultarão mais em penalidade técnica, mas em multa (100 euros, ou cerca de R$ 600 na cotação atual).
• Óculos de proteção: todos os eventos oficiais do Comitê Paralímpico Internacional e da IBSA exigirão que os jogadores usem óculos de proteção que tenham um “bico” ou cobertura nasal sobre o nariz.
• “VAR”: imediatamente após o jogo, o time pode protestar contra uma decisão da arbitragem usando imagens da transmissão oficial do evento. Não permitirá a utilização de imagens de gravações próprias.
• Condutas antidesportivas: O atleta não pode deliberadamente deformar a bola antes do arremesso, pressionando-a com as duas mãos ou contra o chão. Assim como estão proibidas provocações ao time rival com insultos ou risadas altas. Ambos os casos resultarão em penalidade por conduta antidesportiva.

Análise das alterações

O coordenador de arbitragem da modalidade na Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), Sidnei Mosco, analisou as alterações nas regras do goalball: “Acho importante esses ajustes para a evolução do esporte. Gostei da mudança para cinco minutos de intervalo e apenas um tempo de seis minutos na prorrogação. Acredito que, com maior tempo de recuperação para os atletas, o nível de desempenho possa aumentar.”

Ele também destacou a alteração na numeração das camisas: “A mudança da numeração das camisas requer uma atenção ainda maior da arbitragem, pois agora confundir camisetas 1 com 11, 9 com 19 pode acontecer pelo simples fato de a camiseta estar dobrada, por exemplo.”

Quanto ao uso da tecnologia, Mosco vê como um avanço: “Já é um avanço. Por enquanto, só permitirão em caso de protesto, mas é o primeiro passo. Quem sabe, no futuro, a tecnologia possa ser utilizada em casos de lances mais ajustados, diminuindo assim os erros que costumam acontecer pela velocidade das jogadas.”

Vale lembrar que o Brasil conta com representantes no Comitê da IBSA. No final do ano passado, o Comitê da IBSA elegeu o técnico da Seleção Brasileira feminina, Alessandro Tosim, e Jônatas Castro, treinador da Seleção masculina, para o órgão. Tosim assumiu o cargo como representante da modalidade nas Américas, enquanto Castro passou a representar os treinadores masculinos.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

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