OMS mantém baixo risco de gripe aviária após morte nos EUA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta 3ª feira (7.jan.2025), que o risco da gripe aviária H5N1 para a população geral continua baixo, mesmo após a primeira morte causada pelo vírus nos Estados Unidos. O óbito ocorreu na Louisiana, onde um paciente com mais de 65 anos e condições médicas preexistentes foi hospitalizado em dezembro após contato com aves de quintal e selvagens.

“O vírus não está circulando entre humanos, mas saltando para humanos expostos a aves ou gado”, afirmou Margaret Harris, porta-voz da OMS, durante coletiva de imprensa em Genebra. Segundo ela, os Estados Unidos mantêm vigilância intensiva, o que permite a rápida identificação dos casos.

Desde abril, cerca de 70 pessoas contraíram H5N1 nos Estados Unidos, principalmente trabalhadores rurais expostos a aves infectadas, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A agência mantém a avaliação de baixo risco para o público em geral.

O CDC identificou mudanças genéticas no vírus que infectou o paciente da Louisiana, indicando uma possível adaptação para infectar vias aéreas superiores humanas. Essas alterações não foram encontradas nas aves que tiveram contato com a vítima, sugerindo que se desenvolveram após a infecção.

Desde 2003, aproximadamente 900 casos de gripe aviária em humanos foram registrados globalmente, com taxa de letalidade aparente de 50%. Entretanto, especialistas alertam que este número pode estar superestimado, já que casos leves tendem a não ser notificados.

A gripe aviária H5N1 pode causar doenças graves em humanos, mas a transmissão direta de aves para pessoas é rara. As autoridades recomendam evitar contato com aves doentes ou mortas e garantir o cozimento adequado de produtos avícolas.

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