Fifa destina US$ 50 milhões para programas sociais

A Fifa destinará US$ 50 milhões para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a OMC (Organização Mundial do Comércio) e o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). O valor vem do fundo de legado da Copa do Mundo do Catar, de 2022. O Globo divulgou a informação na 4ª feira (27.nov.2024).

O objetivo é desenvolver programas sociais que vão desde a proteção de trabalhadores em regiões de calor extremo até o apoio a mulheres no comércio internacional e assistência a refugiados do Oriente Médio e do Norte da África.

Com a OMS, a colaboração se dará através da iniciativa global “Beat the Heat”. O programa visa proteger pessoas que trabalham sob condições de calor extremo, mitigando os impactos adversos do calor sobre a saúde e o bem estar.

A parceria com a OMC focará no Fundo de Mulheres Exportadoras na Economia Digital, que busca empoderar mulheres por meio de subsídios e assistência técnica, promovendo a igualdade de gênero e o desenvolvimento econômico.

O apoio ao ACNUR visa melhorar as condições de vida, segurança e oportunidades para comunidades vulneráveis deslocadas devido a conflitos no Oriente Médio e Norte da África.

Além disso, o fundo de legado inclui uma colaboração entre a Aspire Academy e o Programa de Desenvolvimento de Talentos da Fifa, liderado por Arsène Wenger. O foco é identificar jovens talentos em áreas remotas de países em desenvolvimento, oferecendo oportunidades para desenvolver suas habilidades.

A iniciativa, contudo, enfrentou críticas da Anistia Internacional. A organização expressou indignação pelo lançamento do fundo sem reconhecimento das violações de direitos dos trabalhadores migrantes na Copa do Mundo de 2022 no Catar.

“É vergonhoso que a Fifa e o Catar tenham lançado seu tão esperado fundo de legado sem qualquer reconhecimento de sua clara responsabilidade pelo grande número de trabalhadores migrantes que foram explorados e que, em muitos casos, morreram para viabilizar a Copa do Mundo de 2022”, disse Steve Cockburn, chefe da seção de direitos trabalhistas e esporte da Anistia Internacional.

“Esse fundo de legado não pode ser o fim da história. A Fifa precisa fazer o que é certo e oferecer reparações significativas a todos aqueles cujos direitos foram violados e pisoteados por seu principal torneio”, concluiu Cockburn.

 

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