A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 4ª feira (23.abr.2025) a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O prejuízo estimado aos beneficiários chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
Na operação, 6 servidores públicos foram afastados de suas funções. Entre eles, o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto.
Além disso, também foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e 6 mandados de prisão temporária.
De acordo com a PF, os descontos eram feitos por entidades associativas sem autorização dos aposentados e pensionistas. As cobranças irregulares eram aplicadas diretamente nos benefícios previdenciários.
A operação se dá em 14 estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e no Distrito Federal. A CGU (Controladoria Geral da União) colabora nas investigações.
Os envolvidos poderão responder por:
- corrupção ativa e passiva;
- violação de sigilo funcional;
- falsificação de documentos;
- 0rganização criminosa; e
- lavagem de dinheiro.
Mais cedo, às 6h30, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Vinícius de Carvalho, reuniram-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada para explicar a operação e as medidas adotadas.
O Poder360 procurou o INSS por e-mail e aplicativo de mensagens para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito do caso. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.