Ismail Haniyeh: quem era o principal chefe do Hamas, morto no Irã


Autoridades de Teerã e o grupo palestino informaram nesta quarta-feira (31) que Haniyeh e um guarda-costas foram assassinados. Não há detalhes sobre como ocorreu a morte. IIsmail Haniyeh, principal líder do Hamas, foi morto no Irã
AP Photo/Vahid Salemi, File
Ismail Haniyeh, morto no Irã nesta quarta-feira (31), era o chefe máximo e principal representante político do Hamas desde 2017.
Quando foi escolhido para liderar o grupo, ele vivia na Faixa de Gaza. Em 2020, passou a viver em Doha, no Catar, porque o bloqueio imposto por Israel dificultava sua entrada e saída do território palestino.
A morte foi anunciada em comunicados do próprio Hamas e da Guarda Revolucionária do Irã.
O Hamas acusou Israel, que até a última atualização desta reportagem não havia se pronunciado.
Segundo o grupo palestino, Haniyeh foi morto “em um bombardeio sionista em sua residência em Teerã, após participar da posse do novo presidente do Irã”.
O governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, havia prometido matar o chefe do Hamas em retaliação ao massacre cometido pelo grupo em território israelense no dia 7 de outubro de 2023, quando um bárbaro ataque terrorista deixou cerca de 1.200 mortos e 250 pessoas foram levadas como reféns, algumas das quais seguem em poder do Hamas até hoje.
Desde então, Israel ataca sem parar a Faixa de Gaza com o objetivo declarado de eliminar o Hamas, que controla Gaza. Mas, muitos desses bombardeios atingiram áreas onde viviam civis. Autoridades de Gaza afirmam que 30 mil pessoas foram mortas desde então, incluindo crianças e pessoas ligadas a ONGs e entidades presentes no território, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando Haniyeh chegou ao poder, sete anos atrás, era visto como um político pragmático. Naquela época, o Hamas se esforçava para suavizar sua imagem, de acordo com reportagens publicadas na mídia internacional.
Em abril deste ano, um bombardeio de Israel na Faixa de Gaza matou três filhos e três netos de Haniyeh. Eles estavam em um carro atingido pelo ataque aéreo. Foi uma resposta aos ataques terroristas do ano passado.
À época, Haniyeh disse: “O inimigo acredita que, ao atingir as famílias dos líderes, irá pressioná-los a desistir das exigências do nosso povo. Qualquer um que acredite que atacar os meus filhos irá pressionar o Hamas a mudar a sua posição está delirando”.
O governo de Isre
Esta reportagem está em atualização.
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