Políticos do Psol saem em apoio à paralisação de entregadores de app

Políticos do Psol se manifestaram nas redes sociais a favor da paralisação nacional de entregadores de aplicativos, como iFood e 99 Entrega, que é realizada nesta 2ª feira (31.mar.2025) e continuará na 3ª feira (1º.abr). 

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) declaram o apoio à greve, que tem como objetivo pressionar as plataformas por melhores condições de trabalho. “Essa é uma luta de todos nós”, afirmou Boulos.

A congressista declarou em seu perfil oficial no X (ex-Twitter): “Não podemos aceitar que uma classe inteira de trabalhadores, uma classe que movimenta a nossa economia e facilita a nossa vida, seja sistematicamente precarizada e explorada por essas plataformas”.

Erika Hilton, que protocolou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) pelo fim da escala 6 X 1, disse querer que a paralisação faça com que as plataformas “entendam que seus aplicativos, por si só”, não resultam em lucros.  

“Para lucrar, precisa do entregador, e o entregador precisa de condições dignas de trabalho e remuneração”, afirmou.

Na rede social, Boulos defendeu que seus apoiadores “não peçam delivery” e que divulguem a hashtag #BrequeDosApp. Segundo ele, o apoio ao movimento “é fundamental para valorizar os trabalhadores e contribuir para mais justiça social”.

“Imagine trabalhar entregando comida e não ter dinheiro para almoçar?”, escreveu.

O deputado distrital Fábio Felix (Psol-DF) também endossou o pedido para que a população não use delivery durante os 2 dias: “Todo apoio à paralisação nacional dos entregadores de aplicativo por melhores condições de trabalho e remuneração justa”.

Eis outras reações:

  • Orlando Silva (PC do B-SP), deputado federal:
  • Rick Azevedo (Psol-RJ), deputado federal:

  • Iza Lourença (Psol-MG), vereadora:

ENTENDA

A greve, organizado pelo Sindimoto-SP e pela Amabr, foi motivada pela ausência de reajustes salariais nos últimos quatro anos e pelas atuais condições de trabalho que sobrecarregam financeiramente os entregadores.

O presidente do Sindimoto-SP, Gil Almeida, disse ser longa a espera por reajustes salariais: “Há mais de 4 anos não vemos nenhum aumento”, disse.  

A data escolhida para a greve, 1º de abril de 2025, simboliza as promessas não cumpridas pelas empresas, segundo Edgar Francisco da Silva, presidente da Amabr.

Ele citou os custos enfrentados pelos entregadores, como a aquisição de motos e equipamentos, que diminuem a renda líquida dos trabalhadores.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, representando iFood, Uber e 99, expressou respeito pelo direito de manifestação dos entregadores e mencionou o diálogo contínuo com a categoria. A associação também apoia a regulamentação do trabalho em plataformas digitais para, segundo ela, assegurar proteção social e segurança jurídica.

Os entregadores pedem as seguintes mudanças:

  • reajuste da taxa mínima: de R$ 6,50 para R$ 10,00 por entrega;  
  • aumento das despesas por milhas rodadas: de R$ 1,50 para R$ 2,50;  
  • imitação das rotas de bicicleta: máximo de 3 km por pedido;  
  • pagamento de taxa integral por entrega: cada entrega seja paga integralmente, sem cortes que consideram arbitrários quando há múltiplos pedidos no mesmo trajeto.

Em resposta a paralisação o, iFood divulgou uma nota nesta 2ª feira (31.mar) em que diz estar disposto a dialogar com os entregadores do aplicativo e estudar a viabilidade de um reajuste para a categoria para 2025.

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