Israel oferece saída aos líderes do Hamas mediante desarmamento

Benjamin Netanyahu condicionou a saída das lideranças do Hamas de Gaza à entrega total de armamentos do grupo neste domingo (30.mar.2025). A exigência do primeiro-ministro israelense surge após duas semanas de intensos bombardeios no território palestino.

“A pressão militar está surtindo efeito. As fissuras nas posições do Hamas já são visíveis nas mesas de negociação”, afirmou o premiê israelense durante encontro ministerial em Jerusalém. “Se abandonarem as armas, abriremos caminho para a saída de seus comandantes.”

A oferta de Israel ocorre enquanto equipes diplomáticas do Egito, Catar e Estados Unidos intensificam articulações por um novo cessar-fogo, paralisado desde o reinício das operações militares israelenses em 17 de março.

Avanços nas negociações

Fontes do gabinete político do Hamas confirmaram no sábado (29.mar) aceitação preliminar à proposta egípcia para interrupção dos combates. Tel Aviv examinou o documento e apresentou alterações com apoio de Washington.

O plano prevê libertação imediata de 5 israelenses mantidos como reféns, suspensão de hostilidades por 50 dias e soltura de prisioneiros palestinos de prisões israelenses. A devolução de corpos de reféns mortos também integra o acordo.

Das 59 pessoas ainda em poder do Hamas, autoridades israelenses estimam que apenas 24 permaneçam vivas.

A atual crise iniciou-se em 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas atacaram comunidades no sul de Israel, resultando em 1.200 mortes e 251 sequestros. A resposta militar israelense provocou mais de 50 mil mortes em Gaza, conforme dados do ministério da saúde local, que não especifica distinção entre civis e militantes.

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