Nacional de Halterofilismo termina com recorde de Gustavo Amaral

O Circuito de Halterofilismo se encerrou neste domingo (30) com a quebra do recorde brasileiro da categoria acima de 107kg pelo carioca Gustavo Amaral, do clube ADAAN, do Rio de Janeiro. Além disso, outras cinco marcas nacionais foram superadas durante a competição. A equipe do Praia/CDDU/Futel conquistou seis medalhas de ouro no evento, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

O atleta Gustavo Amaral se destacou no último dia ao levantar 253kg, superando os 252kg registrados por ele mesmo no Campeonato Brasileiro de 2024. “Vim com a estratégia de manter a marca forte que fiz no ano passado e que, caso eu tivesse ido para Paris, poderia me garantir uma medalha de prata. Estou me cuidando muito, com muito comprometimento, para obter marcas ainda maiores. Agora é brigar comigo mesmo para buscar o ouro no Campeonato Mundial no Egito [em outubro]. Se vierem a prata ou o bronze, vou ficar feliz também. Mas meu objetivo é este”, afirmou.

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Destaque do Praia

Outro destaque do halterofilismo ficou por conta da equipe do Praia/CDDU/Futel, que conquistou seis ouros, com os atletas Caroline Alves (até 73kg), Edilândia Araújo (acima de 86kg), Marco Túlio Cruz (até 49kg), Lara Lima (até 41kg), Mateus de Assis (até 107kg) e Rodrigo Marques (até 80kg). Na disputa entre clubes, que leva em consideração a colocação dos atletas em suas categorias, a equipe mineira foi a melhor ranqueada, com 278 pontos. 

Uma das medalhas de ouro da equipe teve origem em uma disputa acirrada entre os atletas Mateus de Assis e Jean Rufino, do SADEVI/MG – CTE-UFMG. No último levantamento, Mateus se destacou ao erguer 216kg, superando os 215kg de seu adversário.

“Essa foi a competição mais acirrada aqui no Brasil. Ela me tirou da zona de conforto. Essa disputa é boa, instiga a fazer mais e mais. Joguei o peso para cima mesmo, porque eu queria muito ficar com este primeiro lugar”, afirmou Mateus, que conquistou a quinta colocação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, com a marca de 212kg.

Outra vitória do clube neste domingo veio com a baiana Edilândia Araújo, que estabeleceu novo recorde brasileiro na categoria acima de 86kg. A atleta levantou 144kg, um a mais do que havia suportado no Campeonato Brasileiro em outubro de 2024, e que era a melhor marca nacional até então.

“Quebrar esse recorde foi uma surpresa, porque fiz uma cirurgia em janeiro e tive de começar com pesos muito baixos até recuperar o condicionamento. Mas graças a Deus, tudo correu bem e tive esse bom resultado. Agora sigo me preparando para o Mundial. Estou mais experiente do que quando fui para o Mundial de Dubai, em 2023, e estou intensificando os treinos. Em outubro, partiu Egito”, afirmou Edilândia.

A medalhista de prata na prova vencida por Edilândia no nacional de halterofilismo, campeã paralímpica de Paris 2024 Tayana Medeiros, também do Praia/CDDU/Futel, competiu em uma categoria acima daquela em que conquistou o ouro na França (até 86kg). A atleta terminou a competição com 141kg levantados após três tentativas válidas e avaliou positivamente o início da temporada.

“Foi uma disputa muito legal, ao lado da Edilândia. Estávamos em casa. Acho que minha marca foi boa para iniciar o ano, mas o objetivo é voltar para minha categoria e já aumentá-la, com foco total no Mundial”, explicou.

Bicampeã paralímpica na área

Mais um destaque do domingo no Nacional de halterofilismo ficou por conta da participação da bicampeã paralímpica Mariana D’Andrea, do Aesa-ITU/SP. A atleta tentou erguer um quilo a mais do que os 148kg que lhe garantiram o ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, na categoria até 73kg, em seu terceiro levantamento, mas teve o movimento anulado e concluiu a competição com a medalha de ouro, com a marca de 140kg.

“Tentei começar a temporada com uma marca forte, mas infelizmente não foi dessa vez. Eu estava bem preparada, mas não aconteceu. De qualquer forma, na próxima competição quero fazer muito mais para ter um resultado ainda melhor no Campeonato Mundial, para eu buscar meu bicampeonato. A vontade de alcançar esse título até me arrepia. No Mundial, você pode competir com mais de uma adversária de cada país, o que torna a competição ainda mais difícil do que os Jogos Paralímpicos. Ter dois títulos paralímpicos e mundiais será algo sem palavras”, declarou Mariana.

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