Guerra civil e bloqueio de estradas dificultam resgates no Mianmar

Equipes de resgate internacionais intensificaram esforços para localizar mais de 300 pessoas que ainda estão desaparecidas no Mianmar após um terremoto de magnitude 7,7 atingir o país na 6ª feira (28.mar.2025). Até o momento, foram contabilizados 1.700 mortos e 3.400 feridos.

A dificuldade em realizar os resgates dos soterrados se agrava ainda mais por causa da guerra civil no país. O conflito, intensificado após um golpe de estado em 2021, tem prejudicado o acesso das equipes de socorro às áreas afetadas.

A junta governante de Mianmar solicitou ajuda humanitária internacional em um movimento considerado “raro” pela imprensa internacional. Segundo a BBC, ao menos 9 países e uma região administrativa atenderam ao chamado:

  • China (equipe de 82 pessoas enviada no sábado (29.mar);
  • Hong Kong (51 socorristas, incluindo cães de busca e salvamento);
  • Índia (equipes de busca e resgate, kits de higiene, cobertores e alimentos);
  • Malásia (envio de 50 agentes para apoiar as operações humanitárias);
  • Filipinas;
  • Vietnã;
  • Indonésia;
  • Irlanda;
  • Coreia do Sul;
  • Nova Zelândia.

Segundo a ONU, há estradas bloqueadas e escassez de suprimentos médicos. O Ocha (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários) afirmou no sábado (29.mar) que os profissionais de saúde operam com falta de kits de trauma, bolsas de sangue, anestésicos, medicamentos essenciais e tendas.

TERREMOTO

O epicentro do fenômeno se deu aproximadamente 16 km de Mandalay, a 2ª maior cidade do Mianmar, com uma população de mais de 1,2 milhões de habitantes.

Segundo a BBC, outros 2 tremores de magnitude 6,4 e 5,1 foram sentidos após o 1º terremoto –o último foi neste domingo. O governo militar de Mianmar decretou estado de emergência em 6 regiões e estados.

A situação se agrava ainda mais por causa da guerra civil no país. O conflito, intensificado após um golpe de estado em 2021, tem prejudicado o acesso das equipes de socorro às áreas afetadas.

O desastre natural também foi sentido na Tailândia. O país registrou 18 mortes e 33 feridos até o momento, na cidade de Bangkok. Onze das vítimas morreram pela queda de um arranha-céu. A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, declarou estado de emergência na capital.

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