Câmara de Brusque aprova moção e formaliza apoio por anistia a manifestantes do 8/1

A Câmara de Vereadores de Brusque aprovou, nesta quinta-feira (27), uma moção de apoio ao projeto de lei que tramita em Brasília e propõe anistia aos manifestantes contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

A iniciativa é do vereador Jean Pirola (PP) e foi aprovada por 13 votos a favor e um contra, da vereadora Bete Eccel (PT). A moção será encaminhada à Câmara dos Deputados e ao Senado, em apoio ao projeto do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO).

A proposta concede anistia não apenas aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro que foram presos, mas também a todos que participaram de manifestações em qualquer local do país desde 30 de outubro de 2022.

Durante o espaço destinado às lideranças partidárias, Jean Pirola exibiu um vídeo do senador Esperidião Amin (PP-SC) sobre o tema e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também rebateu questionamentos sobre a relevância da pauta para a Câmara de Brusque:

“Temos brusquenses que foram presos e hoje usam tornozeleira eletrônica apenas por terem ido a Brasília se manifestar, sem depredar nada”, argumentou.

Ao defender a moção, Pirola reforçou que o projeto de lei busca beneficiar todos os manifestantes, não apenas os envolvidos no 8 de Janeiro.

“Imagina um empresário que foi procurado por um grupo querendo ir a Brasília. Por ajudar financeiramente, ele foi enquadrado como patrocinador de golpe de Estado. Precisamos dar um fim nisso”, afirmou.

O vereador Pedro Neto (PL) também declarou apoio à moção, destacando que confia nas instituições, mas que muitos manifestantes temiam retaliações.

“Participei de atos pacíficos no Tiro de Guerra e em outras manifestações. Quem cometeu crimes deve ser responsabilizado, mas a maioria das pessoas entrou na lista sem ter feito nada de errado”, disse.

Voto contrário

A vereadora Bete Eccel (PT) foi a única a votar contra a moção. Para ela, os protestos tinham como objetivo contestar o resultado das eleições e desestabilizar o governo Lula.

“O dia 30 de outubro de 2022 marcou a vitória do presidente Lula. Desde então, ocorreram manifestações questionando o resultado, o que faz parte da democracia. No entanto, bloqueios de rodovias, tentativas de atentados e os atos de 8 de Janeiro foram ataques diretos ao regime democrático”, declarou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.