‘Planeta Fome’: curta rondoniense transforma história real em denúncia audiovisual

História é baseada em um dos episódios mais chocantes do Brasil, onde famílias disputavam restos de ossos em filas de açougues durante a pandemia. Estreia está marcada para o dia 15 de Abril. Curta-metragem Planeta Fome
Reprodução
Imagine Porto Velho no ao de 2125: cinza e sem árvores. Esse é o cenário do curta-metragem ‘Planeta Fome’, inspirada em um caso real: famílias disputando restos de ossos em filas de açougues durante a pandemia de Covid-19.
O curta-metragem estreia no dia 15 de Abril de 2025, ás 20h, no Cinema da Floresta, localizado na Rua Franklin Tavares, no bairro Pedrinhas em Porto Velho. A entrada é gratuita.
Conheça a história
O filme acompanha Ivani, uma mãe solo, e seu filho Lucca, de 8 anos, que acabam sendo empurrados para a miséria após ela perder o emprego. Uma denuncia a fome não apenas como uma consequência da desigualdade, mas como um sistema perverso de opressão social.
A narrativa é construída através do preto e branco, com aspecto de cinema de película, com referências bíblicas sobre a fome e ausência total de vegetação, como símbolo do colapso ambiental e social.
De acordo com Édier William, diretor do curta, o filme é um grito visual que clama por empatia e justiça social e que o foco da história é deixar claro que a fome não é acidental, que por trás de cada prato vazio há estruturas de poder que silenciam os mais vulneráveis.
“Não queremos apenas que as pessoas assistam, mas que saiam com um nó na garganta e reflitam sobre o mundo em que vivem”, afirma Édier William.
Produção
O curta-metragem foi um trabalho artesal que contou com uma equipe de cerca de 10 profissionais, de diferentes cidades entre eles Luan Ott e Tullio Nunes. Durante aproximadamente 10 meses, de modo virtual cada detalhe visual e sonoro foi pensado para causar impacto e sensibilizar o público
A animação é da Zara produções, produtora independente de Porto Velho e foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo.