Vigilância sanitária interdita instituição na Grande BH onde oito idosos morreram


Um lar de idosos em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH, foi interditado na tarde desta terça-feira (19). Oito idosos morreram no local nos últimos seis meses, mas a direção da instituição nega qualquer tipo de maus-tratos. Vigilância sanitária de Ribeirão das Neves interdita lar de idosos
Reprodução/TV Globo
Fiscais da vigilância sanitária interditaram um lar de idosos em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (19). A ação ocorreu após uma vistoria a pedido pelo Ministério Público, que identificou diversas irregularidades no local.
A instituição, que abriga 20 idosos e um jovem com autismo, funciona no bairro Sevilha 2ª Seção. Entre os problemas encontrados, a falta de acessibilidade foi um dos mais preocupantes.
A direção do lar confirmou que, nos últimos seis meses, oito idosos que moravam no local morreram, mas negou qualquer tipo de maus-tratos. A prefeitura de Ribeirão das Neves afirmou que vai apurar as circunstâncias das mortes.
O imóvel tem dois pavimentos e a ligação entre os andares é feita apenas por uma escada, dificultando a locomoção de idosos que dependem de cadeira de rodas.
“Estamos levantando como essas pessoas chegaram até a instituição, tivemos notícia que essa instituição está aqui no municíioi há cerca de meses, mas já funcionou em Belo Horizonte e Sabará, o que é comum em instituições irregulares”, disse Virgínia de Castro Morais, secretária adjunto de Desenvolvimento Social.
Outras irregularidades apontadas foram a assistência considerada insuficiente aos idosos e a ausência de um responsável técnico fixo na instituição.
Com a interdição, as famílias dos residentes serão chamadas para retirá-los do local em um prazo de sete dias.
O dono do lar negou parte das denúncias e afirmou que a instituição conta com um responsável técnico que a visita duas vezes por semana. Ele também atribuiu os problemas de acessibilidade à falta de recursos financeiros.
“Não recebemos doações e não temos ajuda, tentamos fazer tudo com o mínimo que entra. Recebemos idosos em situação de abandono”, afirmou Matheus Pinheiro, proprietário da instituição.
Ainda segundo a prefeitura, a Polícia Civil de Minas Gerais pode ser acionada caso haja suspeita sobre as mortes que ocorreram na instituição.
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