Zelensky diz que segue discutindo com EUA por uma “paz duradoura”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta 4ª feira (19.mar.2025) que concordou com a proposta dos Estados Unidos e da Rússia de um cessar-fogo inicial apenas na infraestrutura energética.

Em uma publicação no X (ex-Twitter), o líder ucraniano afirmou que, em conversa com o presidente Donald Trump (Republicano), ambos concordaram que “uma paz duradoura pode ser alcançada” ainda em 2025. A declaração é uma referência ao presidente russo, Vladimir Putin, que disse que aceitaria um cessar-fogo total só se levasse a uma “paz duradoura”.

“Um dos primeiros passos para o fim total da guerra pode ser o fim dos ataques à energia e outras infraestruturas civis. Apoiei este passo, e a Ucrânia confirmou que está pronta para implementá-lo. […] Acreditamos que tais passos são necessários para criar a possibilidade de um acordo de paz abrangente a ser preparado durante o cessar-fogo”, disse Zelensky na publicação.

O líder da Ucrânia falou que as próximas negociações entre autoridades norte-americanas e ucranianas devem ser realizadas na Arábia Saudita “nos próximos dias”. Zelensky também disse ter discutido sobre o estado da defesa aérea ucraniana e a “possibilidade de fortalecê-la para proteger vidas”.

Ao falar sobre as negociações com a Ucrânia nesta 4ª feira (19.mar), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, leu a carta do secretário de Estado, Marco Rubio, e do conselheiro nacional de segurança, Mike Waltz. Na declaração, as autoridades confirmam que o líder ucraniano pediu reforços dos EUA para a defesa aérea da Ucrânia.

“O presidente Zelensky pediu por defesas aéreas adicionais para proteger os civis. […] O presidente Trump concordou em trabalhar com ele para encontrar o que está disponível, particularmente, na Europa”, disseram o secretário e o conselheiro na carta.

O governo Trump encerrou o financiamento militar à Ucrânia depois de um bate-boca com o líder ucraniano e acusações de ambos os lados. Zelensky deseja assegurar poder militar à Ucrânia mesmo com um cessar-fogo inicial no conflito, visto que a Rússia continua a ofensiva na região de Kursk, região reconquistada por Moscou no início deste mês.

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