Artigo científico sobre projeto Magicubo é publicado em revista internacional

Quais os benefícios de resolver um cubo mágico? Estas e outras questões foram objeto de estudo do artigo científico publicado pelos profissionais da Secretaria de Educação de Brusque e publicado na revista Europeia de Pesquisa e em Educação Inclusiva. O resultado do estudo foi apresentado, na manhã desta quarta-feira (20), para os diretores e coordenadores da Rede Municipal de Ensino.

De acordo com a pedagoga Érica Garcia, coordenadora do projeto Magicubo, durante a execução do projeto, por meio de relato dos professores e pela própria experiência, perceberam um ganho na aprendizagem dos alunos, tanto em matemática, quanto em linguagem. “A gente entrou em contato primeiro com a UFRJ, que tem um centro de cognição, com o diretor deles, e eles têm uma parceria com o Laboratório de Inovações Educacionais e Estudos Neuropsicopedagógicos (LIEENP), que é da Censupeg, em Joinville. Então, houve esse contato com o Dr. Fabrício Bruno, coordenador da LIEENP, onde foi assinado um termo de cooperação entre a faculdade e a nossa Secretaria de Educação, o que possibilitou, primeiro uma formação com nossos professores participantes do projeto e depois, que eles viessem aplicar exames neurológicos, e também com o eletroencefalograma, para a gente ver as áreas do cérebro que estava, se estava realmente acontecendo aquilo que observamos em sala de aula”, detalha.

Por meio dos exames ficou comprovado, o que, empiricamente, os professores observavam em sala de aula. “Nossos alunos se destacaram em todos os testes. Foram feitos dois grupos, um grupo de controle, que não participava do projeto, e o nosso grupo. E o nosso grupo se destacou em todos os testes. Então, isso indica que o cubo mágico, o projeto de robótica, estimula essa neuroplasticidade. E o que a gente percebeu é que não só na área matemática, mas que estimula a área dos cérebros que são muito ligadas à linguagem e, por isso, explicaria os alunos estarem melhorando não só em matemática, mas em leitura e em escrita”, explica.

Projeto Magicubo 2025

Além dos resultados do estudo publicado, durante a manhã, foi apresentado aos gestores e coordenadores escolares como será o projeto para o ano de 2025. O objetivo é ampliar para que crianças portadores de necessidades especiais possam participar.

Para isso foi apresentado um protótipo de cubo mágico em que ao toque do dedo, a imagem no computador, muda a posição dos lados do cubo. “ Esta é uma criação do Lire (Laboratório Itinerante de Robótica Educacional) e estamos trabalhando para otimizá-lo e abranger ainda mais crianças, por meio da inclusão”.

O projeto Magicubo é aplicado em diversas unidades escolares, com crianças do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Por ser uma metodologia fexível, em alguns locais é aplicado em contraturno, outros durante a aula e, ainda, durante o recreio.

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