Janja viaja ao Japão, sem Lula, com roteiros internacionais sob sigilo e direito a escala em Paris

Diferentemente do habitual, a primeira-dama Janja decidiu embarcar sozinha para o Japão, uma semana antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto Lula segue para uma missão oficial no país asiático no fim de semana, Janja já percorre um roteiro próprio, sem detalhes divulgados e com despesas sob sigilo. Após Tóquio, a primeira-dama ainda fará uma intrigante escala em Paris.

A viagem de Janja, que não foi previamente anunciada, teve a informação revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Palácio do Planalto. O governo justifica que a primeira-dama está no Japão para “preparar a visita de Lula”, mas essa explicação não se sustenta. As delegações presidenciais contam com equipes especializadas de logística, comunicação e segurança, que atuam nos escalões “avançado” e “precursor”, não deixando espaço para improvisações.

Além da falta de transparência sobre a agenda, o governo se esquiva ao falar sobre os custos da viagem e das hospedagens de luxo. O argumento oficial? “Janja não tem cargo público.” Mas então, por que os cofres públicos pagam a conta?

Depois da estadia no Japão, Janja seguirá para Paris, onde participará da “Cúpula para Nutrição e Crescimento”, nos dias 27 e 28 de março. O governo destaca que o tema do evento será o combate à desnutrição, mas a escolha da capital francesa teria outra justificativa oficial: a realização dos Jogos Olímpicos de 2024. Curiosamente, o cardápio olímpico virou alvo de críticas dos próprios atletas.

Enquanto Lula negocia a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira e tenta impulsionar um acordo comercial entre Japão e Mercosul, Janja desfruta do seu próprio “la vie en rose”, ao custo dos contribuintes.

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