ISI-ER discute perspectivas para CCS no Brasil, em Encontro no Rio de Janeiro

Rodrigo Mello: “Para nós, que já trabalhamos com sustentabilidade, com combustíveis avançados e mitigação de gases de efeito estufa, a área de CCS é um caminho natural”

 

Perspectivas para captura e armazenamento de carbono no Brasil em 2025 e expectativas do setor nacional serão discutidas, nesta quarta (19) e quinta-feira (20), no “Encontro de Membros da CCS Brasil”, que será realizado no CENPES/Petrobras, no Rio de Janeiro. O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) participa.

 

Captura e Armazenamento de Carbono, também conhecida como CCS (sigla em inglês para Carbon Capture and Storage) é uma cadeia composta por múltiplas tecnologias que visam reduzir emissões para a atmosfera, ao capturar e armazenar permanentemente grandes quantidades de CO₂ – o mais abundante gás do efeito estufa.

 

A CCS Brasil é uma organização sem fins econômicos criada para promover a cooperação entre academia, governo, financiadores, indústria e sociedade, com foco no desenvolvimento dessas atividades, no país.

 

“No Encontro, nós vamos tratar de expectativas de rumos do setor, e dos caminhos que deverão ser trilhados pelas empresas no Brasil”, diz o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello.

 

Ele explica que projetos do ISI já contemplam captura e aplicação de carbono. Linhas de pesquisas relacionadas ao armazenamento também foram iniciadas.

 

“Essa é uma perspectiva muito boa que se abre. Para nós, que já trabalhamos com sustentabilidade, com combustíveis avançados e mitigação de gases de efeito estufa, a área de CCS é um caminho natural”, acrescenta o diretor.

 

A vertente, segundo o executivo, “tem despertado muito interesse de empresas de petróleo e de quem trabalha com tecnologia, por estudos, desenvolvimento de soluções e utilização”. 

 

“A captura e o armazenamento de carbono é um caminho muito atrativo para que a sociedade continue utilizando petróleo sem que necessariamente emita CO2 no processo de utilização e geração de energia”, frisa ainda.

 

Entre as empresas associadas à CCS Brasil, constam, além do ISI-ER, nomes como Instituto SENAI de Inovação em Biomassa, Petrobras, Total Energies, ArcelorMittal e Eneva. 

 

SAIBA MAIS – SOBRE CCS

O processo pode ser dividido em três fases principais: captura, transporte e armazenamento. Uma outra, também considerada quando se fala em CCS (nesse caso, chamado de CCUS) é a utilização do CO2, mas esta última é considerada uma fase alternativa ao armazenamento permanente.

 

Confira, a seguir, mais informações sobre as principais etapas:

 

  • Captura – O processo se inicia com a separação e captura do CO2 de misturas gasosas, principalmente de fontes  altamente emissoras, como plantas de geração de energia elétrica, produção de biocombustíveis e processos industriais. Os métodos  de captura podem ser classificados em três grupos, de acordo com a forma e a etapa em que ocorre a separação do CO2: pós-combustão, pré-combustão e oxi-combustão. Para processos em que há queima de combustível fóssil, como nas usinas termelétricas, por exemplo, utiliza-se a captura pós-combustão. Já em processos relacionados à bioenergia, é promissora a captura pela pré-combustão, como a gaseificação.

  • Transporte – Uma vez que este CO2 é separado e capturado, ele é comprimido e transportado até o local em que será realizado o armazenamento. As opções de transporte variam de acordo com a distância entre o local de captura e o local de armazenamento, a disponibilidade de modais de transporte, entre outros fatores. Esse transporte pode ser realizado por meio de gasodutos (de forma semelhante aos gasodutos de gás natural), navios ou caminhões-tanque. O Brasil, por exemplo, ainda não tem infraestrutura de dutos de CO2.

  • Armazenamento – Depois de  transportado, o CO2 é injetado no subsolo, geralmente em profundidades maiores que 800 m, para ser armazenado em formações rochosas – como reservatórios de petróleo e gás depletados (aqueles reservatórios que já foram explorados), camadas profundas de carvão, aquíferos salinos profundos, entre outras. A seleção dos locais de armazenamento depende de uma avaliação geológica cuidadosa que identifica os locais que reúnem todas as condições técnicas para garantir que o CO2 permaneça no subsolo por milhares de anos com segurança.

 

  • Fonte: https://www.ccsbr.com.br/o-que-e-ccs

 

Texto: Renata Moura, com informações da CCS Brasil

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