Casos de sarampo na Europa atingem pico em 30 anos

A Europa registrou um aumento significativo nos casos de sarampo, atingindo o maior nível em quase 30 anos, de acordo com informações divulgadas pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na 5ª feira (13.mar.2025). Durante o período, foram registrados 127 mil casos de sarampo, resultando em pelo menos 38 mortes em 53 países da Europa e da Ásia Central.

A maioria dos infectados não havia sido vacinada ou tinha um status de vacinação desconhecido. O aumento aconteceu após a pandemia de covid-19, que causou atrasos na vacinação de rotina e um crescimento na disseminação de informações falsas.

Crianças menores de 5 anos são as mais afetadas, representando mais de 40% dos casos. O sarampo pode causar problemas de saúde a longo prazo, como cegueira e danos ao sistema imunológico. A vacinação é a principal forma de defesa contra o vírus.

“O sarampo está de volta, e é um chamado para acordar. Sem altas taxas de vacinação, não há segurança sanitária,” afirmou Hans P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.

Em 2024, o continente europeu foi responsável por 1/3 dos casos de sarampo no mundo. Apenas em 2023, 500 mil crianças na região não receberam a 1ª dose da MCV1 (vacina contra o sarampo), que deve ser administrada por meio de serviços de imunização de rotina.

Países como Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Macedônia do Norte e Romênia tiveram taxas de vacinação com MCV1 abaixo de 80% em 2023, bem abaixo da taxa de 95% necessária para manter a imunidade de rebanho. A Romênia registrou o maior número de casos na região em 2024, com 30.692 casos.

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