“Caminho não é olho por olho”, diz Alckmin sobre taxação dos EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, criticou nesta 5ª feira (13.mar.2025) a decisão dos EUA de instituir uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros que entram no país norte-americano. Ele classificou a medida como “equivocada”.

Em entrevista a jornalistas, declarou que buscará dialogar com os EUA sobre o assunto. “Nós entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego. O caminho é ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha”, disse.

O ministro sinalizou que o Brasil adotará a política de reciprocidade. Também citou que a balança comercial com os EUA é favorável aos norte-americanos.

“O Brasil não é problema na questão comercial dos Estados Unidos. Os Estados Unidos têm deficit comercial no mundo, mas não têm com o Brasil. Eles têm superávit comercial”, disse.

A tributação sobre os 2 produtos do Brasil começou a valer na 4ª feira (12.mar). Isso significa que o valor do produto ao consumidor final norte-americano deve aumentar.

Tal medida não afetará o brasileiro diretamente, mas, a longo prazo, os compradores dos EUA podem desistir de adquirir o aço ou alumínio do Brasil pelo alto preço dos impostos.

HISTÓRICO E MOTIVO DA TAXAÇÃO

Os EUA já anunciaram taxas de 25% sobre aço e de 10% sobre o alumínio em 2018. A ideia era limitar o volume dos produtos que entravam no país, com o objetivo de acelerar a indústria norte-americana.

Entretanto, alguns países, como o Brasil, receberam isenção da taxa, mas teriam que seguir cotas de exportação do aço para os EUA. Para Trump, os acordos não surtiram efeito, uma vez que as importações norte-americanas não atingiram a meta.

Segundo o decreto do republicano, a alta nas compras do aço e alumínio chinês por países como Canadá, México, Coreia do Sul e Brasil, levou o governo norte-americano a anunciar novas taxas.

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