Bete Eccel cobra melhorias em serviços de Saúde e Educação

Na tribuna da Câmara de Brusque na sessão desta terça-feira, 11 de março, a vereadora Elizabete Maria Barni Eccel, a Bete (PT), elencou reclamações que têm ouvido da comunidade em relação a determinados serviços públicos municipais, com destaque para as áreas de Saúde e Educação. “As demandas envolvem, principalmente, o cuidado com a saúde: UBSs sem ar-condicionado, com falta de profissionais, medicamentos e materiais expediente, filas de espera. Os Centros de Atenção Psicossocial, CAPS, sem porta aberta, com fila de espera. Escolas sem serventes desde o começo do ano letivo e sem estrutura elétrica, puxando ‘gato’ para ligar o ar-condicionado”, criticou.

Ela também citou a ocorrência de problemas vinculados à saúde emocional de profissionais e alunos, e fez um alerta: “Eu fui impactada com uma matéria do jornal O Município que aponta que Brusque registrou 21 suicídios em 2024, o segundo maior número desde os anos 2000, segundo a Secretaria de Saúde, e 173 tentativas de suicídio – 121 de mulheres e 52 de homens. Vocês imaginavam que isso era tão alarmante na nossa cidade? Esses dados, se não houver uma atenção, certamente vão aumentar”.

Bete falou ainda da resposta que recebeu ao Pedido de Informação nº 01/2025, pelo qual ela questionava à Prefeitura os motivos de não terem sido criadas vagas para o cargo de Assistente Social Educacional no início deste ano e se o governo tinha previsão para cumprir as duas leis federais (Lei nº 13.935/2019 e Lei nº 14.819/2024) que preveem “que as redes públicas de Educação Básica contarão com serviços de Psicologia e de Serviço Social”, em equipes multiprofissionais.

Segundo a vereadora, a regra visa atender à Política Nacional de Atendimento Psicossocial na Rede Pública Escolar. “A escola não está mais dando conta das demandas que estão chegando se não tiver uma equipe multidisciplinar, tendo como público profissionais da Educação, alunos e familiares. Só o psicólogo educacional não dá conta”, disse. “A resposta que veio não condiz com o que perguntamos. Traz como argumento a presença de assistentes sociais vinculados à Educação Especial e que a administração segue acompanhando a evolução das demandas e caso seja identificada a necessidade de ampliação do quadro, tomará as medidas cabíveis. É ótimo que a Educação Especial já conte com esse profissional, mas diante dos dados apresentados, já não existe essa necessidade? Quando vamos criar equipes multiprofissionais se já temos dados tão alarmantes?”, indagou.

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