A derrota dos patifes

Foi tudo muito bem planejado. Cada passo, ainda que trôpego, cambaleante. Foi tudo feito diabolicamente, desde o início. Não com minutas fajutas, apócrifas, sem nenhum valor. As artimanhas foram sendo implementadas desavergonhadamente, sempre com a desculpa de que a “democracia brasileira” corria sérios riscos. Contra fascistas e nazistas, vale tudo, essa sempre foi a “mensagem”. Eles tinham de ser identificados, calados, eliminados, esmigalhados. As leis que se danem. Foi um jogo macabro, de cartas marcadas, com um único resultado possível: o triunfo dos imorais, dos ilegais, dos tiranos mequetrefes, dos patifes.

Depois das denúncias esfareladas contra Jair Bolsonaro e meses antes de seu “julgamento”, já discutem em que lugar ele ficará preso. Sim, a prisão parece certa, e largá-lo num quartel do Exército não parece indicado. Imagina, Bolsonaro poderia ter contato com militares… “Bolsonaristas” poderiam acampar do lado de fora, “fazer arruaça”… O que ficou claro é que só a ocupação de um país inteiro por tiranos e só a arruaça que eles fazem invariavelmente podem ser aceitas. Já faz tempo que não há mais cadeia para os corruptos, para os abusadores, para os verdadeiros fora-da-lei. Eles estão sendo soltos, para dar lugar àqueles que o Brasil de fato deveria proteger e apoiar. Os criminosos reais agora querem respeito, posam de heróis para cúmplices igualmente sem coração e sem caráter, incautos e ignorantes.

Não há mais julgamentos para aqueles que são contra a aliança STF-PT. Suas sentenças estão prontinhas há muito tempo

Que país é este em que um condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro pode ocupar a cadeira de presidente da República? É o país que tem Edson Fachin, um militante de um grupo de invasores de terra, na suprema corte… Partiu dele o movimento espúrio para tirar Lula da cadeia, numa manobra desastrosa para um país que renascia. É o país que tem como ministro do STF alguém como Dias Toffoli, reprovado em dois concursos para juiz. Ele, o inventor do Inquérito do Fim do Mundo, o libertador-geral de corruptos da nação.

Que país é este que tem Luís Roberto Barroso no Supremo, alguém que agiu e age politicamente? Foi Barroso quem barrou no Congresso a melhoria tão necessária para o sistema eleitoral brasileiro: o voto impresso auditável, a contagem pública dos votos. Todos se mostravam a favor, mas deixaram de ser, pois era imperativo “derrotar o bolsonarismo”. Lula precisava ser o candidato contra Bolsonaro, e tinha de levar a eleição. Por isso, Alexandre de Moraes, também do STF e ocupando a presidência do TSE, promoveu o processo eleitoral mais infame da história. Foi uma campanha em que valia tudo contra o “fascista, nazista e genocida” Bolsonaro… A favor de Lula, “a viva alma mais honesta deste país”, tudo era permitido

Caminhamos, assim, para o que poderia ser a mais aguda decisão inconstitucional, ilegal, antijurídica: a condenação de Jair Bolsonaro. Não há mais julgamentos para aqueles que são contra a aliança STF-PT. Suas sentenças estão prontinhas há muito tempo. Só que não há espaço para todos nas barras da tirania. E não há proteção possível para os bandidos travestidos de mocinhos. Eles jamais terão respaldo suficiente e protetor. Não são eles que atraem apoio, são suas vítimas, os perseguidos injustamente, são esses que conquistam empatia – talvez imediata, talvez tardia. Sim, o plano não era perfeito. Há gente grande no mundo de olho no Brasil, e há os brasileiros sofridos, massacrados, mas incansáveis. Eles não perdem a noção de que é preciso lutar sem parar pelo que é certo, por justiça, pela verdade. Eles estão prontos para a luta, e sempre foram maioria.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.