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    AGÊNCIA JF | Social - Repositório

Movimentação de contêineres no Porto de Santos cresce 12% em janeiro

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A movimentação de contêineres no Porto de Santos, em São Paulo, foi de 460,8 mil TEUs (Unidade Equivalente a Vinte Pés, em português) em janeiro, o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica. O número representa um aumento de 12,1% em comparação aos 410,9 mil TEUs no mesmo mês de 2024. Eis a íntegra do relatório (PDF – 3 MB) disponibilizado pela autoridade portuária.

Um TEU corresponde ao tamanho de um contêiner padrão de 20 pés de comprimento (aproximadamente 6,1 metros). Como o transporte de carga é frequentemente realizado usando contêineres de diferentes tamanhos, o TEU ajuda a padronizar e facilitar a comparação entre diferentes volumes de carga. Por exemplo, um contêiner de 40 pés (aproximadamente 12,2 metros) é considerado equivalente a 2 TEUs.

No período, os principais produtos embarcados foram:

  • Milho, com 1,378 milhão de toneladas (aumento de 31,6%);
  • Celulose, com 670.731 toneladas (+23,2%);
  • Carnes, com 184.681 toneladas (+21,9%); e
  • Café, com 234.978 toneladas (+5,2%).

Entre os produtos desembarcados, os destaques são:

  • GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), com 78.454 toneladas (+106,1%);
  • Sal, com 92.174 toneladas (+186,4%); e
  • Sulfato dissódico, com 75.152 toneladas (+198,4%).

Evolução da movimentação de contêineres entre 2022 e 2024

  • 2022 – Com 4,98 milhões de TEUs, o Porto de Santos consolidou-se como o maior do Hemisfério Sul e passou a ocupar a 40ª posição mundial em movimentação de contêineres;
  • 2023 – O porto alcançou um novo recorde anual, movimentando 173,3 milhões de toneladas, um crescimento de 6,7% em comparação com 2022;
  • 2024 – Entre janeiro e setembro, foi registrado um aumento de 15,8% na movimentação de contêineres, somando 3,5 milhões de TEUs.

ATRASO DE EMBARQUES

Apesar do desempenho aparentemente positivo, o economista Lucas Moreno, CEO e cofundador da startup de logística ElloX, explica que o número representa cargas que estavam represadas no Porto de Santos, fator que vem causando prejuízo para os produtores e exportadores.

“Este volume eu considero artificial, pois é devido a acúmulo de carga represada do mês de dezembro. Importante observarmos o volume de fevereiro para ter uma visão mais clara do cenário”, afirmou ao Poder360.

Diversos setores da economia brasileira têm apresentado queixas com o ritmo nos portos brasileiros. “O Brasil está perdendo eficiência e competitividade. “O setor agropecuário tem batido recordes de exportação, mas os investimentos em infraestrutura não acompanham esse crescimento”, disse Eduardo Heron, do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), ao jornal digital.

Assista (29min48s):

STS10

Em março, ocorrerá o leilão do terminal STS10 (Tecon Santos 10), um dos projetos mais aguardados do setor portuário.

Com uma área de 601,9 mil m², o terminal será dedicado à movimentação de contêineres, com capacidade estimada de 2 milhões de TEUs por ano. O investimento previsto é de R$ 3,51 bilhões, com um contrato de concessão de 25 anos.

“Projetos como a concessão do STS-10 e a ampliação do canal de acesso são fundamentais, mas estão andando a passos lentos”, declarou Heron.

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