Confiança do consumidor cai ao pior nível em oito meses, aponta Associação Comercial

Índice Nacional de Confiança (INC), medido pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou em fevereiro 99 pontos, seu pior nível desde junho de 2024, quando havia atingido 98 pontos. O índice caiu 2,9% em relação a janeiro, que registrou 102 pontos, mesmo patamar de fevereiro do ano passado.

O resultado indica um aumento do pessimismo entre os consumidores, refletindo insegurança financeira, retração no consumo e preocupação com a economia.

Todas as regiões e classes sociais demonstram queda na confiança

A pesquisa contou com 1.679 famílias de diferentes regiões do Brasil, abrangendo tanto capitais quanto cidades do interior. Os dados apontam uma queda na confiança em todas as regiões do país, sendo as maiores retrações no Centro-Oeste e no Norte.

As classes socioeconômicas também foram impactadas, com destaque para a classe C, que demonstrou a maior perda de confiança.

Principais fatores que contribuíram para o pessimismo:

  • Queda na percepção sobre a situação financeira atual e futura.
  • Insegurança no mercado de trabalho.
  • Redução da disposição para compras de alto valor, como imóveis e veículos.
  • Menor intenção de adquirir bens duráveis, como eletrodomésticos.

Inflação e juros altos agravam a situação

O economista da ACSPUlisses Ruiz de Gamboa, destacou que a queda no índice de confiança reflete o desaquecimento econômico. O cenário tem impactado a geração de empregos, enquanto a inflação—especialmente nos itens básicos—e os juros elevados aumentam a cautela dos consumidores.

“O alto endividamento das famílias, somado à inflação persistente e aos juros elevados, reforça a tendência de retração no consumo”, explicou Gamboa.

Impacto direto no consumo:

  • Maior cautela nos gastos devido à incerteza econômica.
  • Redução do consumo de bens de alto valor e duráveis.
  • Menos otimismo em relação à recuperação da economia.
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