Governo zera imposto de importação de 10 produtos alimentícios

O governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta 5ª feira (6.mar.2025) medidas para conter a inflação e baixar o preço dos alimentos. Segundo informou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), dentre as medidas está a isenção da alíquota do imposto de importação dos seguintes produtos:

  • carne (atualmente em 10,8%);
  • café (atualmente em 9%);
  • açúcar (atualmente em 14%);
  • milho ((atualmente em 7,2%);
  • óleo de girassol (atualmente em 9%);
  • azeite de oliva (atualmente em 9%);
  • óleo de palma (aumento da cota de importação de 65.000 toneladas para 150 mil);
  • sardinha (atualmente em 32%);
  • biscoitos (atualmente em 16,2%);
  • massas alimentícias (atualmente em 14,4%).

As medidas ainda devem ser aprovadas pelos órgãos responsáveis. Segundo o vice-presidente, é difícil cravar uma data, mas é uma “questão de poucos dias”.

Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, bem como o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan, fizeram uma reunião preparatória para apresentar as medidas ao chefe do Executivo na manhã desta 5ª feira (6.mar). O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, também participou.

Na saída do encontro, realizado na VPR (Vice Presidência da República), o chefe da Agricultura afirmou que o anúncio seria feito ainda nesta 5ª feira (6.mar). Sidônio confirmou e afirmou que o presidente Lula faria a declaração.

A reunião dos ministros do setor alimentício não constava na agenda oficial do chefe do Executivo pela manhã. Só depois que Fávaro falou com jornalistas foi incluída. No vai-e-vem de atualizações, a reunião com empresários constava como um compromisso presidencial. Passadas algumas horas, foi retirada, e a Secom esclareceu que Lula não participou das conversas com os representantes, mas estava ciente das medidas que seriam apresentadas.

INFLAÇÃO

A inflação de alimentos em domicílios atingiu 8,23% em 2024. A taxa desacelerou em dezembro no acumulado de 12 meses depois de ter uma longa sequência de alta ao longo de ano passado.

A alta de preços dos produtos do setor foi um dos motivos para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ter ficado de fora da metado Banco Central, que é de 3%, com tolerância de até 4,5%. A inflação fechou 2024 a 4,83%.

O Poder360 já mostrou que as carnes tiveram forte impacto na inflação do Brasil durante o 2º ano do governo Lula. Subiram 20,84% em 2024 e aumentaram a inflação em 0,52 ponto percentual.

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