Número de joinvilenses entre os moradores de rua

Em depoimento à comissão especial sobre moradores de rua em Joinville, ontem (5) pela manhã, o diretor da ONG contratada pela prefeitura para realizar abordagens e administrar os dois restaurantes populares revelou que existem aproximadamente 500 pessoas em condições de rua (PCR), entre elas 141 joinvilenses de nascimento. Rodrigo Tavares Pereira disse também que 52 são de outros municípios catarinenses, sendo a maioria deles “de outros estados”.

Depoimento de Rodrigo Tavares Pereira (Fotos Mauro Schlieck/CVJ)

500 ou 1.200?

Embora a Polícia Militar calcule que o número de PCR seja 1.200, o número apresentado pelo diretor da AMINC parece ser o mais próximo da realidade. Além de um controle sobre as pessoas abordadas pelos 25 funcionários – divididos em dois turnos – a empresa contratada tem um cadastro com o nome, idade e cidade de procedência.

Informações precárias

Questionado pelo presidente da comissão, vereador Ascendino Batista (PSD), Rodrigo Tavares Pereira revelou que sua empresa não possui recursos no orçamento para contratar um programa específico que reúna no computador todas as informações das pessoas abordadas, cujo controle é feito de informações extraídas do grupo de WhatsApp dos funcionários.

Doação

A Prefeitura de Joinville deveria solicitar a uma empresa de software joinvilense a doação à secretaria de assistência social de um programa destinado ao controle das pessoas em condições de rua. Há estatísticas confiáveis que este é um problema que vem crescendo no Estado e a tendência é aumentar.

Restaurante Popular

Números apresentados na comissão especial comprovam que os dois restaurantes populares de Joinville não contribuem para a permanência e muito menos se tornam um fator de atração para o aumento dos moradores de rua. Considerando que eles são aproximadamente 500 em Joinville, conforme número da empresa contratada pela prefeitura, apenas 97 jantam nos restaurantes populares, o que representa 19,4%. O número maior é no almoço (28%) e no café da manhã 21,2%.

Curtas

  • A Rua Fátima, no bairro do mesmo nome, recebeu abordagens diárias nos meses de maio e julho do ano passado. Segundo a empresa contratada, como resultado destas abordagens, a concentração diminuiu 75% na região.
  • A próxima reunião da comissão será em 27 de março durante uma audiência pública com a participação da comunidade.
  • O capítulo mais esperado da comissão é sobre o custo benefício da contratação desta empresa apenas sobre as abordagens.

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