Estatueta de “Ainda Estou Aqui” ficará com o Brasil, não com diretor

O filme “Ainda Estou Aquivenceu no domingo (2.mar.2025) o Oscar de Melhor Filme Internacional, tornando-se o 1º longa-metragem brasileiro a ganhar o prêmio.

Dirigido por Walter Salles, o filme superou “A Garota da Agulha”, “Emilia Pérez”, “The Seed of the Sacred Fig” e “Flow”. A estatueta, porém, não ficará com o diretor, mas sim com o Brasil.

De acordo com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela organização do Oscar, o diretor do filme é considerado o representante do país, e o prêmio é atribuído à nação. Por essa razão, a estatueta fica com o Brasil.

Esse também é o motivo pelo qual Fernanda Torres, protagonista do filme e indicada ao prêmio de Melhor Atriz, não subiu ao palco junto de Salles. Para a categoria de Melhor Filme Internacional, só os diretores e produtores são considerados representantes da obra premiada.

“AINDA ESTOU AQUI”

A obra é protagonizada pela atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva (1929-2018), mulher do ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971), que foi sequestrado e morto nos porões da ditadura militar brasileira (1964-1985). O filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do casal.

Ainda Estou Aqui” desbancou a obra francesa “Emilia Pérez”, que havia vencido o Bafta de melhor filme estrangeiro em 16 de fevereiro. A premiação é considerada o Oscar britânico.

Antes da vitória de “Ainda Estou Aqui”, inúmeros longas do Brasil ficaram pelo caminho na disputa da categoria melhor filme internacional. Estão nessa lista “Orfeu Negro”, “O Pagador de Promessas”, “O Quatrilho”, “O Que É Isso, Companheiro” e “Central do Brasil”.

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