Bolsonaro reúne aliados em Angra no feriado de Carnaval

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne aliados em Angra dos Reis no feriado de Car  naval. O grupo fez passeios de jet ski na Ilha da Gipóia, na Praia do Dentista, durante o fim de semana deste domingo (2.mar.2025).

Entre os presentes estão Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente e vereador de Balneário Camboriú; o líder da Oposição na Câmara, Zucco (PL-RS); os deputados federais Hélio Lopes (PL-RJ) e Maurício do Vôlei (PL-MG); o pastor Silas Malafaia; e Renato Araújo, que concorreu para prefeito de Angra em 2024. 

Em vídeos, os aliados aparecem em passeio pelo mar com Bolsonaro. Na praia, tiraram fotos com apoiadores.

Bolsonaro também recebeu populares na casa que tem em Angra, no que Maurício do Vôlei chamou de “cercadinho”, em alusão ao que o ex-presidente fazia no Palácio da Alvorada.

Assista (3min13s):

Na conversa, falou da Margem Equatorial e alfinetou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Se a Guiana tem petróleo, o Brasil também tem, mas a Marina, aquela mulher linda e maravilhosa, símbolo de beleza do PT, não quer deixar”, disse. 

Também elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que o norte-americano tem “ajudado muito o Brasil”

Bolsonaro ainda citou medidas de seu governo e criticou a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “País tem tudo para dar certo, por que não dá? Escolhas”, disse aos presentes.

ALIADOS

Nas redes sociais, Malafaia, que é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi alvo de críticas. “Pastor Malafaia curtindo o Carnaval com Bolsonaro em Angra dos Reis, enquanto o dizimista…”, afirmou o perfil @pedrojunior87 em publicação no Instagram.

O pastor disse não dar importância a essas críticas. “Até Jesus se retirava para descansar, eu saio de férias às minhas custas, não é às custas de dinheiro da igreja, eu vou ficar dando confiança para um babaca desse?”, declarou ao Poder360.

O pastor é antigo aliado de Bolsonaro e tem ajudado o ex-presidente a divulgar os atos programados para o dia 16 de março de 2025 na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e do dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo.

As manifestações foram chamadas com o intuito de defender a anistia aos condenados do 8 de Janeiro. O ex-presidente decidiu que os atos serão em datas separadas para conseguir estar presente em ambos.

Os aliados de Bolsonaro têm voltado suas atenções para mobilizar a população e o Congresso Nacional pela anistia. 

O ex-presidente foi alvo de denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) em um inquérito que apura o que seria uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 –vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A denúncia foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no STF (Supremo Tribunal Federal), no dia 18 de fevereiro de 2025. 

Bolsonaro também está inelegível, segundo decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação. O motivo foi uma reunião do então presidente com embaixadores, em 2022, no Palácio da Alvorada, quando criticou o sistema eleitoral brasileiro. 

Apesar do possível benefício de Bolsonaro com a anistia, os aliados insistem que a lei, proposta em projeto que tramita na Câmara dos Deputados, serviria apenas para os presos do 8 de Janeiro.

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