STF confirma suspensão da investigação contra Marconi Perillo

A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou nesta sexta-feira (28.fev.2025) a suspensão do processo que investiga o presidente do PSDB, Marconi Perillo. O ex-governador de Goiás era alvo de uma investigação por desvios de recursos públicos da saúde entre 2012 e 2018, período em que comandou o estado.

A turma confirmou por unanimidade a decisão do relator Gilmar Mendes do dia 12 de fevereiro. O ministro defendeu a suspensão para garantir o “devido andamento da apuração”, depois que a Corte mudou o seu entendimento sobre o foro por prerrogativa de função.

 

O STF tem maioria formada para manter a prerrogativa do foro mesmo com o fim do mandato de políticos. O inquérito tramita na 11ª Vara Criminal Federal de Goiás, em razão da saída de Perillo do cargo.

Marconi comemorou a decisão do STF e afirmou que ela “restabelece a verdade”. 

“Essa decisão restabelece a verdade e demonstra que o STF age com rapidez  e firmeza para impedir que ações políticas encomendadas prosperem no país. Continuo confiando na Justiça”, disse em nota. 

O tucano voltou a afirmar que a investigação era “infundada” e que não tinha envolvimento com o caso investigado. 

“Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, André Mendonça, Dias Toffoli e Nunes Marques confirmaram a suspensão do processo que resultou em busca e apreensão injustificada contra mim, decorrente de uma investigação infundada que, em nenhum momento, me envolvia nos fatos supostamente apurados”, afirmou. 

Operação

Perillo foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria Geral da União) no dia 6 fevereiro de 2025. Segundo a polícia, o esquema envolvia a subcontratação de empresas vinculadas a políticos e gestores de uma ONG (Organização Não Governamental) que, ao serem pagas, repassavam parte dos valores aos envolvidos. A ação viola as normas de administração pública.

Foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão, a maioria em Goiânia e 1 em Brasília. Além do bloqueio de mais de R$ 28 milhões em bens dos suspeitos de envolvimento no esquema criminoso.

Nas redes sociais, Perillo negou o envolvimento no crime e disse que a investigação contra ele se tratava de uma “armação”. O tucano afirmou que sofre “perseguição” por criticar a gestão do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Assista (2min 50s):

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