Putin não atacará Kiev se houver cessar-fogo, diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), disse nesta 5ª feria (27.fev.2025) confiar que o líder russo Vladimir Putin não invadirá a Ucrânia novamente caso haja um acordo de cessar-fogo entre os países.

“Não acredito que ele vá violar sua palavra. Não acho que ele voltará [a atacar] quando fizermos um acordo. Acho que o acordo vai se manter agora. Eles terão segurança”, disse Trump durante reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer (Partido Trabalhista, centro-esquerda), na Casa Branca. Putin e Trump ainda não se reuniram desde a posse do republicano. Segundo o Kremlin, o encontro deve ser realizado em março.

Formulário de cadastro

alertas grátis do Poder360

concordo com os termos da LGPD.

Inscreva-se

Inscreva-se

O republicano também recuou sobre ter chamado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de ditador. “Eu disse isso? Não acredito que disse isso, declarou em resposta a um jornalista. Em 19 de fevereiro, Trump publicou em seu perfil no Truth Social que o ucraniano era um “ditador sem eleição”. Zelensky suspendeu as eleições previstas para maio de 2024 por causa da lei marcial imposta no país desde o começo do conflito com Moscou.

Trump e Zelensky se encontrarão na 6ª feira (28.fev) na Casa Branca. Assinarão um acordo sobre minerais de terras raras como forma de retribuir a ajuda militar do país norte-americano. Nesta 5ª feira (27.fev), o republicano disse que os EUA ajudariam a recuperar terras ucranianas tomadas pela Rússia durante a guerra.

EUA & REINO UNIDO 

Durante a reunião com Keir Starmer, Trump indicou que estaria inclinado a apoiar o acordo do governo britânico para transferir a soberania do arquipélago de Chagos para as Ilhas Maurício.

O acordo inclui um plano para arrendar de volta a base militar estrategicamente importante dos EUA e do Reino Unido em Diego Garcia, por meio de impostos dos cidadãos britânicos. O Reino Unido ofereceu a Trump um veto efetivo ao acordo por causa de suas implicações para a segurança dos EUA, e aliados do presidente criticaram o plano. “Teremos algumas discussões sobre isso muito em breve, e tenho a sensação de que vai dar muito certo”, disse Trump a Starmer.

O primeiro-ministro britânico também aproveitou o encontro com Trump para informá-lo do convite do rei Charles 3º a ele e à primeira-dama Melania Trump ao Reino Unido. Segundo Starmer, o presidente norte-americano aceitou o convite, mas ainda não há data para o encontro entre Trump e o monarca.

Tradicionalmente, presidentes dos EUA em 2º mandato não são recebidos em visitas de Estado e, em vez disso, são convidados para um chá ou almoço com o monarca no Castelo de Windsor.

Segundo Starmer, a última visita de Estado de Trump em 2019 foi um “tremendo sucesso” e que o convite para uma 2ª visita foi “verdadeiramente histórico” e “sem precedentes”. À época, o trono pertencia à rainha Elizabeth 2ª, que morreu em 2022.