Filho suspeito de matar mãe e padrasto para ficar com herança vira réu em SC

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acrescentou os crimes de furto e fraude processual à denúncia contra dois homens acusados de um duplo homicídio ocorrido em novembro de 2024, em Itajaí. Segundo a investigação, após matar o casal Pedro Ramiro de Souza e Susimara Gonçalves de Souza, os réus, o filho de Susimara e um comparsa, teriam furtado celulares e alianças das vítimas e alterado a cena do crime para simular um assalto.

De acordo com a denúncia, um dos acusados teria planejado a morte da própria mãe e do padrasto, motivado pela cobiça pela herança. Para isso, contou com a ajuda do cunhado, a quem prometeu recompensa financeira.

As vítimas foram atacadas dentro de casa, no bairro Espinheiros, na madrugada de 23 de novembro, e mortas por asfixia. O crime foi considerado premeditado e cometido de forma cruel.

O feminicídio foi caracterizado pelo vínculo entre uma das vítimas e o suspeito, conforme previsto na Lei Maria da Penha. O MPSC ainda pediu uma indenização mínima de R$ 100 mil para a família das vítimas.

Filho teria planejado o crime para ficar com herança

O rapaz de 24 anos, agora réu pela morte da mãe e do padrasto, teria planejado o crime com o intuito de ficar com a herança. Para despistar a polícia, ele e o comparsa, irmão da namorada dele, teriam até simulado um assalto. O próprio filho ligou para os bombeiros e disse ter encontrado a mãe, que era conhecida como Suzy, e o padrasto Pedro desacordados dentro da casa onde moravam.

Ele disse que não estava conseguindo contato com o casal e decidiu ir ao imóvel verificar. Nesse momento se deparou com os corpos. As vítimas estavam com marcas de asfixia no pescoço, amarradas e amordaçadas.

Uma câmera de segurança chegou a registrar o que a polícia acredita ser o grito da mulher momentos antes de ela ser assassinada. A câmera que captou o barulho fica no imóvel ao lado da residência do casal. Pela gravação, é possível observar quando o carro deles entra na propriedade. O relógio marcava 0h53min de sábado, 23 de novembro. Dois minutos depois, ouvem-se os gritos da mulher.

 

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