Hamas diz que cessar-fogo corre “perigo” após Israel adiar libertações

Um dos líderes do Hamas, Basem Naim afirmou que o acordo de cessar-fogo corre “grave perigo” depois do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, adiar a nova liberação de reféns palestinos que estava marcada para sábado (22.fev.2025). Não há previsão de quando serão soltos.

O gabinete de Netanyahu disse que as cerimônias em que membros do Hamas “humilham” os reféns israelenses e “exploram” a imagem deles como propaganda “cínica” fizeram com que a decisão fosse tomada. Ao menos até que ele tenha garantia que novos reféns israelenses sejam liberados e sem as “cerimônias humilhantes”.

Segundo Naim, os mediadores do acordo devem pressionar Israel a cumprir o que havia sido planejado e liberar imediatamente os palestinos sob custódia. 

O presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), assumiu o crédito pelo cessar-fogo e disse que apoiaria a retomada da ofensiva de Israel contra o Hamas caso o acordo fracassasse.

O Hamas organizou cerimônias na maioria das libertações de reféns em Gaza, com homens armados uniformizados e mascarados diante de civis que celebram a situação, alguns acompanhados dos filhos. Os membros do Hamas dizem que as cerimônias “refletem o tratamento humano e honroso” que os reféns israelenses recebem do grupo.

Durante a troca deste sábado (22.fev.2025), o grupo apoiado pelo Irã libertou 6 homens israelenses, incluindo 2 que estavam presos há uma década. Em troca, esperava-se que Israel libertasse da prisão cerca de 600 palestinos, disse o Hamas.

Permanecem em Gaza 63 reféns do ataque de 2023 —entre eles, 36 foram declarados mortos à revelia por Israel com base em descobertas de inteligência e forenses.

A 1ª fase da trégua, mediada pelo Catar e pelo Egito, está programada para terminar em 2 de março. 

Em vídeo feito pelo Hamas, reféns foram filmados implorando a Netanyahu para continuar as negociações e libertá-los.

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