Polícia Civil finaliza inquérito do caso do bolo envenenado

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encerrou o inquérito a respeito das mortes por envenenamento no litoral norte do estado. A investigação concluiu que Deise Moura dos Anjos matou quatro pessoas por envenenamento, três delas ao ingerirem um bolo com arsênio, em dezembro do ano passado, e o sogro da autora, em setembro, ao ingerir banana e leite em pó com a substância.

O final do inquérito se dá sem indiciamento, já que a Polícia Civil concluiu que não há nenhum outro autor além de Deise, que foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba na semana passada. “Ela é a única autora até o momento, não surgiu nenhum outro autor. O fato de ela ter tirado a própria vida, levou à extinção da punibilidade”, disse o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, em entrevista coletiva concedida  nesta sexta-feira (21).

Segundo o inquérito, Deise Moura dos Anjos cometeu quatro homicídios triplamente qualificados (motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação). Foram mortas ao comer o bolo, Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos, irmãs de Zeli dos Anjos, sogra de Deise, que comeu o bolo, mas sobreviveu. Também faleceu Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza. Em setembro, havia sido morto Paulo Luiz dos Anjos, o sogro de Deise.

A delegada Sabrina Deffente,  diretora da 23ª delegacia de polícia regional do interior, afirmou que a motivação financeira foi descartada após a investigação tomar conhecimento de que ela tentou envenenar o marido, uma vez que deixaria de ser herdeira. “O único motivo que encontramos foi uma grave perturbação mental que essa moça vinha sofrendo há anos e que não foi percebida pelos membros da família”, disse.

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