Xande vai conhecer a Justiça americana!

O cara fala Português fluente! Sim, um dos advogados da ação do Rumble e da plataforma controlada por ninguém menos do que Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes na Justiça americana fala nossa língua com perfeição. Pode ser coincidência, ou não. Mas que esse fator, por si só, deve ter dado um calafrio na espinha do nosso imperador, isso deve. Afinal, ele vai descobrir que o jogo é mais sério aqui nos Estados Unidos.

Martin De Luca, que também fala espanhol fluente, participou como advogado em casos da Lava Jato no Peru. Não custa lembrar que tivemos um presidente preso lá por conta da corrupção do governo lulista, e outro que se suicidou. Agora, Martin De Luca está concentrado no caso contra Moraes, e dando entrevistas com muita calma e português claro para explicar os absurdos cometidos pelo ministro supremo.

De acordo com o advogado do Rumble e da plataforma de Trump, Moraes teria violado as leis americanas ao não utilizar os meios legais possíveis para fazer valer a lei brasileira em território americano. Ele explica que um ministro do STF tem três caminhos para fazer cumprir uma ordem judicial brasileira nos EUA. Um deles é pelo tratado de assistência legal mútua entre os países. Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal encaminha o mandado para o Ministério da Justiça, em Brasília, que posteriormente envia esse documento para o Departamento de Justiça de Washington, onde a medida judicial é avaliada como procedente ou não para ser cumprida.

Alexandre de Moraes e seus cúmplices vão descobrir que o buraco é mais embaixo quando se trata da Justiça americana. E vale lembrar que, até hoje, um cidadão americano segue censurado e perseguido pelo regime brasileiro, tudo isso sem qualquer acusação formal

De Luca diz que esse caminho é o mais usado em investigações criminais. “Há ainda a convenção de Haia e cartas rogatórias, o sistema menos utilizado para investigações criminais”. A defesa do presidente americano afirmou à CNN que nenhum desses meios possíveis legalmente foram escolhidos pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes. “O gabinete do ministro se aproximou, primeiramente, de advogados do Rumble e, pelo que foi informado para nós, demandou que esses advogados fossem recontratados pela empresa com o propósito de receberem esse mandado sigiloso, algo que não vejo como válido”.

Esse caso inicial trata da censura a Allan dos Santos, que se tornou residente legal nos Estados Unidos após pedido de asilo. Mas temos muitos outros casos ainda para levar aos tribunais. Imaginem, por exemplo, quando chegarem nos casos de cidadãos americanos que sofreram censura, tiveram passaporte confiscado, contas bancárias congeladas, tudo isso sem uma cartinha rogatória! Alexandre de Moraes mandou o Patreon, uma empresa americana que sequer opera no Brasil, cancelar a minha conta – o que a plataforma se negou a fazer. Pode isso, Arnaldo? Um “juiz” brasileiro mandando uma empresa americana cancelar um usuário americano?

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