Tecnologia da Embrapa detecta fraudes em mel de abelhas nativas

Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), desenvolveram uma tecnologia para identificar fraudes no mel de abelhas nativas. O método, que utiliza luz infravermelha, foi desenvolvido em colaboração com o entreposto Vida Natural e alcançou uma precisão de 100% na diferenciação entre tipos de mel e na detecção de adulterações. As informações são do Agro Estadão.

O avanço é considerado um marco para a certificação do mel no Brasil, assegurando sua qualidade e autenticidade. A iniciativa surgiu da necessidade de Édson de Rezende, proprietário do Vida Natural, de validar a autenticidade do mel de abelhas nativas. O desafio era estabelecer parâmetros para a diversidade do mel nativo, considerando as mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão no país.

Utilizando um espectrômetro NIR, a equipe analisou amostras de mel de abelhas jataí, mandaguari e mandaçaia. Comparando essas amostras com outras recebidas pelo entreposto, foi possível identificar com precisão as amostras legítimas e as adulteradas. O método também avalia o tempo de estocagem do mel, um indicador de sua qualidade.

A tecnologia desenvolvida está disponível em duas versões: uma de bancada, mais cara, e outra portátil e sem fio, mais acessível. O próximo passo da pesquisa é expandir o banco de dados com amostras de mel de diferentes regiões do Brasil, aumentando a precisão das análises. Uma fase de investigação genética também está prevista para confirmar a espécie de abelha produtora do mel, adicionando uma camada extra de verificação.

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