Machadinho decreta situação de emergência devido à estiagem prolongada

O prefeito Sidinei Lopes de Lima decretou situação de emergência no município devido à estiagem prolongada, que já provoca sérios prejuízos à economia local e ao abastecimento de água na área rural. A medida, publicada nesta sexta-feira (14), atende ao parecer da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) e segue os critérios estabelecidos pela Portaria 260/2022, que classifica o evento como um desastre de média intensidade (nível II).

Conforme o laudo pluviométrico emitido pela Emater local, entre janeiro e fevereiro de 2025, o município registrou apenas 88,5 mm de chuva, volume considerado extremamente abaixo da média histórica para o período. A escassez hídrica já afeta diretamente a produção agrícola, com prejuízos expressivos nas culturas de milho safrinha, soja, hortifrutigranjeiros, erva-mate, além da bacia leiteira e da pecuária de corte.

Diante da crise, produtores rurais estão adotando práticas emergenciais, como a abertura de bebedouros para animais. A prefeitura, em parceria com os Bombeiros Voluntários de Machadinho, intensificou o transporte de água: o caminhão dos bombeiros está sendo usado para levar água potável às famílias atingidas, enquanto o caminhão da prefeitura transporta água para os animais nas propriedades rurais.

A situação também impactou o calendário escolar. Em reunião com a Secretaria Municipal de Educação, a administração decidiu suspender o início das aulas entre os dias 10 e 12 de fevereiro, conforme estabelecido pelo Decreto Municipal nº 1.078/2025. A medida foi tomada em alinhamento com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), que também adiou o ano letivo da rede estadual.

O prefeito Sidinei Lopes de Lima destacou que a preocupação com os efeitos da estiagem já vinha desde o início de seu mandato, mas ressaltou a importância de reunir os elementos técnicos necessários antes de emitir o decreto. “Desde que assumimos, estávamos atentos à situação e cientes das dificuldades enfrentadas pelos produtores. No entanto, precisávamos de laudos técnicos consistentes para decretar a emergência com responsabilidade e agir com eficiência junto às entidades parceiras”, afirmou o prefeito.

O decreto de emergência foi expedido após amplo diálogo com entidades do setor agrícola, incluindo agricultores, Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria de Obras, Secretaria de Assistência Social, Emater, Defesa Civil Municipal, Corpo de Bombeiros Voluntários, Associação Hortiagro, Associação de Apicultores, Cooperativa Copérdia, Olfar, Agro Fraron e Apromate.

A administração municipal já disponibilizou todos os recursos materiais e humanos para mitigar os impactos da estiagem, com o COMPDEC atuando ativamente em resposta ao desastre.

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