360 Graus | Rodolfo Schlieper: ressignificar a educação especial

Você conhece a Educação Especial? Sabe quem ela atende e onde atende?

Esta semana fiz duas visitas à Escola Municipal de Educação Especial Rodolfo Schlieper. Conversei com a diretora Josiane Almeida, visitei as instalações da escola e pude acompanhar parte de uma reunião com profissionais da área da rede municipal.

Uma das dificuldades da Escola Rodolfo é a confusão com a APAE. Muitas pessoas pensam que são a mesma coisa, mas não são.

A APAE tem como finalidade a prevenção de deficiências, promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e sua inclusão social, se preocupando também com o envelhecimento dos seus assistidos, visando à construção de uma sociedade solidária e inclusiva.

Já a Escola Especial é uma instituição de ensino municipal especializada no atendimento a educandos com deficiência intelectual, física e múltipla, além de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com um processo de ensino e aprendizagem adaptado às necessidades individuais de cada aluno, a escola oferece escolarização do pré ao nono ano, garantindo um ensino inclusivo e alinhado às especificidades.

Existe ainda um segmento dentro da rede de educação municipal, aonde os alunos especiais podem ser atendidos nas escolas regulares, conforme seu nível de necessidade, e pelo Cadie, que é um centro especializado em atenção na educação.

Em geral, a comunidade canelense apoia e muito a causa dos alunos especiais, mas este apoio acontece com maior intensidade através da APAE, que é uma instituição particular, que atua paralelamente à escola, de maneira muito importante.

Em razão disso, a Escola Rodolfo Schlieper, por vezes, fica esquecida, tanto pela comunidade quanto pelo poder público.

Na visita que fiz, nesta semana, pude constatar inúmeras deficiências que o prédio possui, desde falta de espaço em salas de aula, passando por goteiras absurdas e falta de equipamentos adequados para os alunos com necessidades especiais.

A ideia da nova equipe de educação especial de Canela é ressignificar o atendimento a estes alunos, palavra usada pela diretora Josiane e também pela coordenadora de educação especial, Alexandra Renck. A ideia da equipe é alavancar o ensino especial, dando muita atenção à parte pedagógica.

Mas, ainda há muito o que ser feito na parte de estrutura física da escola, para que este trabalho, bonito e importante, possa ser ainda melhor.

A sugestão deste colunista é para que você, que me lê regularmente, aqui no Portal da Folha, conheça mais o trabalho da Escola Especial e se puder, ajudar, com voluntariado e  apoio.

Iremos, neste ano, através de nosso editorial, ampliar este debate e dar visibilidade ao tema, mas, por hora, nesta coluna, fica o registro da preocupação da Josiane e da Alexandra, no início do ano letivo.

MOTOCROSS TERÁ QUE SAIR DO BANHADO GRANDE

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Carlos Frozi, recebeu este colunista para falar sobre a situação do antigo aterro sanitário do Banhado Grande. Segundo ele, a pista de motocross não poderá continuar no local, devido ao tipo de licença da área.

Frozi disse que é sensível à causa do motocross e se comprometeu a ajudar na busca por outra área.

Já a comunidade que pratica o esporte contesta a decisão, principalmente por todo o esforço e investimento feito para a implantação da pista.

O local, a partir de agora, vai receber lixo verde. Aliás, Frozi disse que ali nunca pode ser realizada a atividade de motocross, que aconteceu de maneira irregular até aqui.

Este colunista não é técnico em meio ambiente, me parece, neste caso, mais uma interpretação da regra do que um motivo legal definitivo.

Mas, se não pode o motocross, também não pode e nunca pode o Cempra, construído na área do aterro. Irá a Prefeitura desmanchar o Cempra também?

Em tempo: vale destacar que, com esta ação, foi resolvido paliativamente o problema de local para receber o lixo verde.

Ainda acredito que conversando a gente se entende. Quem sabe no andar da carruagem não consigamos fazer as três coisas, proteger o meio ambiente, dar destinação ao lixo verde e apoiar o esporte que lá acontece, ou, no mínimo, não atrapalhar as atividades que lá acontecem.

Esse radicalismo de ser excludente não cai bem na minha opinião.

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