Ex-policial penal é condenado por matar guarda municipal em Foz do Iguaçu

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado, nesta quinta-feira (13), a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, durante sua própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, mas a defesa ainda pode recorrer da decisão.

Crime e julgamento

O crime ocorreu em 2022, quando Guaranho atirou em Arruda durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos, em uma festa com temática em homenagem ao presidente Lula e ao PT. Marcelo Arruda era Guarda Municipal, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu, tesoureiro do PT municipal e havia sido candidato a vice-prefeito.

Marcelo Arruda. Foto: Reprodução Redes Sociais

O julgamento durou três dias e foi realizado no Tribunal do Júri de Curitiba, após decisão judicial favorável ao pedido da defesa para a mudança de cidade. A sessão foi conduzida pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Vara Privativa do Tribunal do Júri.

Argumentos da acusação e da defesa

Nesta quinta-feira (13), ocorreram os debates entre acusação e defesa. Ambas as partes utilizaram os períodos regulares para apresentar seus argumentos aos jurados, sem réplica ou tréplica. A defesa sustentou a tese de legítima defesa por parte de Guaranho, enquanto a acusação refutou essa versão, argumentando que ele escolheu retornar ao local armado, minutos após a primeira discussão. A promotoria alegou motivo fútil e motivação política, além de pedir que os jurados considerassem a conduta social reprovável do ex-policial penal.

Sentença

Ao ler a sentença, a magistrada destacou que Guaranho utilizou uma arma da União para cometer o crime e classificou o ato como um caso de intolerância política. A juíza também mencionou a promulgação da lei contra a intolerância política, sancionada em 9 de julho, ressaltando que o caso de Marcelo Arruda evidencia a necessidade de medidas mais rigorosas para combater esse tipo de violência.

A decisão ainda cabe recurso por parte da defesa. Com informações do ClickFoz.

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