A hipocrisia de Lula, que pede aos prefeitos o que ele mesmo não faz

O governo federal organizou um Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília. Consta que vieram quase 4 mil prefeitos, provavelmente à custa dos nossos impostos. Mas o total, dizem, era de 20 mil pessoas, porque vieram também funcionários, representantes, secretários etc. O encontro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, fechou o Eixo Monumental, que é uma das principais vias de Brasília. Foi uma catástrofe no trânsito brasiliense. E aí os eleitores brasilienses, que já são majoritariamente contra o PT, ficaram mais furiosos ainda.

O marqueteiro Sidônio Palmeira diz que Lula tem de se expor mais, falar mais. Não sei se isso é vantagem. Vocês viram o que o presidente fez um dia antes? Passou pito nos prefeitos! Criticou os prefeitos cujos filhos estão na escola particular e não na escola pública, dizendo que assim nunca vão resolver o país. É um absurdo, disse ele. Na cabeça de Lula, os prefeitos são subordinados ao presidente da República. Não são; os prefeitos são subordinados aos eleitores dos seus municípios. O presidente da República é chefe do Poder Executivo da União Federal. Não tem nada a ver com os municípios. Nós estamos em uma república federativa. Eu sei que é mambembe, mas ainda vamos defender a federação.

E Lula critica os prefeitos que põem os filhos nas escolas particulares e não nas escolas públicas, mas eu mesmo já ouvi o ministro da Educação de Lula, Camilo Santana, dizendo que “meus filhos estudam em escola particular porque eu pago, eu posso pagar”. O próprio Lula, quando tem problema na cabeça, vai ao SUS? Não, ele vai ao Sírio-Libanês, que é o hospital mais caro do país. Então, como é que ele diz isso para os prefeitos?

O ato falho de Lula, tratando oposição como crime e pedindo voto

Lula ainda quis dizer que não discrimina prefeitos e não conseguiu. Eu anotei aqui, mas está registrado se vocês quiserem conferir: “Nenhum prefeito será descriminalizado por não ser do meu partido”. E repetiu: “nenhum prefeito será descriminalizado por não votar em mim. Nenhum prefeito será descriminalizado por ter falado mal de um ministro meu”. Isso pressupõe que na cabeça dele é crime não ter votado nele, falar mal do ministro dele, não ser do partido dele? É o tal “ato falho”.

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