Lorrane quer controlar dores no pé para crescer rumo a 2028

Após a conquista da medalha olímpica por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris, as ginastas da seleção brasileira tiveram um final de ano mais tranquilo, com uma intensidade mais baixa nos treinos. Mas agora, elas trabalham para recuperar os seus corpos em busca de mais medalhas neste ciclo olímpico. Durante um training camp da seleção, o Olimpíada Todo Dia conversou com Lorrane Oliveira, que falou sobre o processo para controlar uma lesão crônica que ela tem no pé para poder competir com força máxima nos próximos anos.

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Lorrane Oliveira está animada para começar sua primeira temporada como medalhista olímpica. “A gente está iniciando um ciclo da melhor maneira possível, ano passado nós fomos medalhistas olímpicas, então não tem como iniciar o ano triste ou com aquela sensação de que poderia ter conseguido mais”, disse a atleta ao OTD.

Recuperar o corpo

Para as ginastas brasileiras que foram à Olimpíada no ano passado, o primeiro semestre será mais calmo, com foco em recondicionar as atletas para a continuação do ciclo olímpico. “Agora nesse primeiro semestre é mais preparar o corpo para no segundo semestre começar as competições”, explicou Lorrane.

No seu caso, estar em uma boa forma física é importante. Lorrane Oliveira tinha um individual geral competitivo, mas não conseguiu competir com força máxima nos últimos anos por conta de uma lesão crônica no pé. “Agora a dor está controlada, porque eu estou há meses sem fazer impacto. Mas eu ainda estou tratando a lesão. A gente está tentando ver um jeito melhor para meu pé aguentar tanto impacto. Mas é isso gente, a idade chega, o corpinho às vezes pede arrego, mas ele vai aguentar, eu tenho certeza”, brincou a ginasta que já tem duas participações olímpicas no seu currículo.

Durante o período em que sofreu com os problemas no pé, Lorrane se dedicou principalmente às barras assimétricas, onde tem uma das melhores séries do país. Mesmo já tendo uma boa nota de partida, ela e o técnico Chico Porath pensam em soluções para melhorar sua pontuação. “Eu e o Chico sonhamos um pouquinho em mudar algumas coisas, mas nada muito difícil ou elaborado. Porque a minha série já é uma série que tem uma nota de partida boa. Então a gente de repente vai mudar uma coisa ou outra, mas a princípio manter a forma dela”, explicou.

Com dores controladas, Lorrane quer voltar ao individual geral

Mesmo com as dores no pé, Lorrane Oliveira seguiu treinando nos quatro aparelhos, mesmo que fazendo séries menos difíceis, para caso a seleção brasileira precisasse das suas provas. No Mundial de 2019, por exemplo, Jade Barbosa se lesionou durante a qualificação e Lorrane não conseguiu substituí-la na trave e no solo. Já no Mundial de 2022, quando estava em melhor forma, ela pôde saltar no lugar de Flávia Saraiva na final por equipes, pois Flavinha também se machucou no meio do Mundial.

Para este ciclo olímpico, Lorrane pretende continuar treinando as quatro provas. “Eu vou manter os quatro porque não é um segredo que seleção você tem que se manter fazendo os todos os aparelhos para no final decidir o que cada uma vai fazer. Até porque se acontece algum problema, por exemplo, no meio de um Mundial, eu tenho que estar pronta pra fazer os outros aparelhos”, afirmou. Mas com o pé em melhores condições, a ginasta acredita que poderá dificultar suas séries. “Meu pé está ótimo agora e se ele se manter assim, quem sabe eu não volto a saltar uma dupla pirueta ou voltar a fazer solo. É o meu sonho, mas vamos ver se meu corpo vai permitir. Mas eu tenho fé que esse ciclo vai ser diferente”, concluiu.

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