Hospital usa furadeira doméstica em cirurgias ortopédicas

Médicos de um hospital no centro de São Paulo usam furadeiras domésticas em cirurgias ortopédicas. Imagens mostram os equipamentos, no Hospital Nossa Senhora do Pari, sendo manuseadas por profissionais. Algumas aparecem com fios desencapados e manchas de sangue.

O uso de furadeiras domésticas em cirurgias é proibido pela Anvisa desde 2008. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o uso do aparelho representa um grave risco para a saúde.

O caso é investigado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Em nota, o CRM informou que “já acionou seu departamento de fiscalização. As apurações correm e sigilo determinado por Lei”.

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que a Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari possui total autonomia administrativa, operacional e assistencial e que a unidade está sob gestão do município de São Paulo. Já a Secretaria Municipal da Saúde disse que fiscalização sanitária é de responsabilidade estadual.

A direção do hospital informou que está discutindo o assunto com o departamento jurídico e que “em breve nos manifestaremos publicamente.”

Veja a nota da Secretaria Estadual de Saúde:

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informa que a Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari é uma unidade filantrópica, que possui total autonomia administrativa, operacional, assistencial e de recursos humanos, e está sob gestão do município de São Paulo. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado, por meio do Grupo de Vigilância Sanitária (CVS) da Capital, realiza inspeções periódicas e anuais na unidade.”

Veja nota da Secretaria Municipal de Saúde:

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que é um equívoco afirmar que a fiscalização sanitária do Hospital Nossa Senhora do Pari é de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo. Reforçamos a informação de que em todos os hospitais no município de São Paulo (filantrópicos, municipais, estaduais e privados), a fiscalização sanitária é feita pelo Grupo Estadual de Vigilância Sanitária I Capital da Secretaria Estadual de Saúde, que, além de realizar a fiscalização, emite o alvará sanitário de funcionamento. No caso do Hospital Nossa Senhora do Pari, a licença sanitária está vigente até abril de 2025.”

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