Caso Cláudia Lobo: desaparecimento e suposto assassinato de secretária da Apae completa seis meses sem indícios do corpo


Secretária executiva da entidade foi vista pela última vez no dia 6 de agosto de 2024. Para polícia, Cláudia foi morta pelo então presidente da entidade, Roberto Caso Cláudia Lobo: desaparecimento e suposta morte de secretária da Apae completam 6 meses
O desaparecimento e suposto assassinato da secretária executiva da Apae de Bauru, Cláudia Lobo, completa nesta quinta-feira (6) seis meses. Para a Polícia Civil, que já concluiu o inquérito que está em fase processual na Justiça, Cláudia foi morta pelo então presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, que é réu por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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Nem o corpo de Cláudia e nem indícios dele foram encontrados durante toda a investigação. Fragmentos de ossos que foram localizados no local onde o corpo da secretária teria sido queimado, segundo informações de Dilomar Batista, ex-funcionário do almoxarifado da entidade que também é réu no processo por ocultação de cadáver e fraude processual.
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Porém, a análise dos fragmentos foi inconclusiva, não foi possível retirar o DNA para saber se seriam de Cláudia e até se tratavam-se de ossos humanos. Com isso, ainda não há uma emissão do atestado de óbito e, em termos legais, Cláudia ainda é considerada desaparecida.
No processo do homicídio, a Justiça ouviu as testemunhas e réus do caso em audiências realizadas nos dias 15 e 16 de janeiro e agora analisa as informações para definir se Roberto e Dilomar vão a júri.
Além do processo por homicídio, Roberto também é investigado em esquema de desvio de verbas na Apae que teria inclusive motivado o assassinato de Cláudia.
As investigações sobre o suposto esquema de desvios, que envolvem também parentes de Cláudia, continuam em andamento pelo setor especializado em crimes de lavagem de dinheiro da Polícia Civil – o Seccold – e também pelo Gaeco.
Além das nove pessoas presas por suspeita de envolvimento no esquema outras quatro são investigadas. O Gaeco – grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público – pediu o ressarcimento de R$ 10 milhões aos envolvidos por desvios na Apae.
Relembre o caso
Presidente da Apae foi preso suspeito de envolvimento no desaparecimento e morte de funcionária em Bauru
Arquivo pessoal
Cláudia Lobo desapareceu no dia 6 de agosto de 2024. Imagens de câmeras de segurança registraram a última vez em que ela foi vista, caminhando em direção ao carro da Apae, com um envelope em mãos. Roberto foi preso dias depois como principal suspeito de envolvimento no desaparecimento dela.
Durante as investigações, fragmentos de ossos foram encontrados em uma propriedade rural de Bauru. No entanto, o laudo divulgado em dezembro pela Polícia Científica apresentou resultados inconclusivos sobre a origem humana dos materiais.
Dilomar Batista, auxiliar de almoxarifado da Apae, é suspeito de ajudar Roberto a queimar o corpo de Cláudia e espalhar os restos pela área de mata.
Além deste processo, Roberto Franceschetti Filho e outras 12 pessoas respondem por desvios de recursos na Apae, acusados de peculato e formação de organização criminosa.
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