Guilherme Schimidt fala sobre waza-ari que o eliminou de Paris

Depois de uma decisão contestada por ele mesmo, o judoca Guilherme Schimidt parou nas oitavas de final da Olimpíada de Paris. Ele lutava contra o italiano Antônio Espósito na categoria até 81kg, quando o adversário realizou uma entrada e derrubou o brasileiro. Após revisão de vídeo, a arbitragem assinalou waza-ari, algo que o Schimidt não concordou. Ao fim da luta, ele explicou sua reação.

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“No momento, achei que não tivesse sido ponto por conta da direção que ele atacou. Ele atacou para um lado e eu caí para o outro. Mas quem decide é o árbitro. Foi avaliado pelo VAR, a última tecnologia, então eles viram se realmente foi ou não. Claro que eu tenho a minha opinião como atleta. No momento, é amargo, porque ninguém quer vir para uma Olimpíada para estar voltando nas oitavas. Depois, vou assistir a luta com calma, ver o que realmente aconteceu e seguir em frente”, falou.

A luta estava no golden score quando ocorreu o episódio e, por isso, a pontuação acarretou na eliminação de Guilherme Schimidt. Assim que a arbitragem assinalou o waza-ari, Ele mostrou seu descontentamento e fez sinal de negativo com o dedo indicador, ainda no tatame. Aos 23 anos, Gui faz sua primeira aparição olímpica e era cotado a candidato à medalha no individual, uma vez que é o quarto colocado do ranking mundial.

Segunda derrota

O resultado marcou a segunda derrota de Guilherme Schimidt frente a Antonio Esposito. Esta foi a quarta vez que os dois se enfrentaram, a segunda neste ano. Antes, o brasileiro havia vencido dois encontros, no Grand Slam de Brasília 2019 e no Grand Slam de Antalya 2024 – quando foi medalhista de bronze. Já o italiano havia ganhado no Masters de Jerusalém 2022.

“Foi um pouco abaixo do que eu esperava. Claro que a gente não vem para uma competição para perder. Ser parado nas oitavas é um resultado muito amargo, ainda mais porque é um adversário que eu já tinha vencido duas vezes e os outros dois adversários ao decorrer da chave eu já tinha vencido também. Mas o judô não é visto como scout, não tem favorito. Na competição, você está aberto a ganhar e a perder. Satisfeito eu não estou aqui, mas vamos seguir em frente”, completou.

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